sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Manual de enfermagem


Manual de enfermagem
Técnicas Gerais de Enfermagem
Conceitos básicos2
Anotação de enfermagem2
Admissão do paciente3
Unidade do paciente5
Sinais vitais6
Arrumação de cama9
Luvas esterilizadas e de procedimento13
Higiene oral14
Banhos15
Medindo a altura e o peso no adulto16
Sondagem Nasogástrica17
Curativos19
Sonda nasoenteral23
Cateter nasofaríngeo24
Cateterismo vesical27
Retirada de pontos30
Posições para exames31
Cuidado com o corpo após a morte32
Precauções padrão e isolamento41
Índice Lavagem das mãos _1 Lavagem intestinal _2 Farmacologia _3 Bibliografia __________________________________________________________42
Conceitos Básicos
- lavar as mãos; - reunir o material;
- deixar o paciente confortável;
- fazer as anotações de enfermagem.
Anotação de Enfermagem
fácil:
São registros minuciosos e de leitura
- é importantíssimo que a caligrafia seja legível;
- serviços diurnos normalmente utilizam a cor azul e serviços noturnos normalmente utilizam a cor vermelha;
- deve-se evitar o termo paciente repetidas vezes, pois o prontuário é pessoal e intransferível;
- utilize frases curtas e objetivas;
- a cada intercorrências, a anotação deve ser imediatamente relatada por escrita no prontuário;
- não deixe linhas em branco;
- assine seu nome;
- nunca rasure ou rabisque um erro.
Admissão do paciente
1- Receber o paciente cordialmente, verificando se as fichas estão completas;
2- Acompanhar o paciente ao leito, auxiliando-o a deitar e dando-lhe todo o conforto possível;
3- Apresentá-lo aos demais pacientes do seu quarto; 4- Orientar o paciente em relação à: a- localização das instalações sanitárias; b- horários das refeições; c- modo de usar a campainha; d- nome do médico e da enfermeira chefe. 5- Explicar o regulamento do hospital quanto à: a- fumo; b- horário de repouso; c- horário de visita.
6- Preparar o paciente em relação aos exames a que será submetido, afim de obter sua cooperação;
7- Fornecer roupa do hospital se a rotina da enfermeira não permitir o uso da própria roupa;
8- Fazer o prontuário do paciente; 9- Verificar temperatura, pressão arterial, pulso e respiração;
10- Anotar no relatório de enfermagem a admissão, que deve constar variando de acordo com a rotina do hospital o seguinte:
a- data, hora e modo de admissão; b- sintomas subjetivos- queixas do paciente; c- sintomas objetivos- erupções, anomalias, paralisias, etc.; d- funções fisiológicas e- condições de higiene; f- observações sobre o estado físico e aparência geral do paciente. 1- Anotar no Relatório Geral a admissão e o censo diário. Exemplo de Admissão:
tratamento cirúrgico( o resto é como no prontuário)
10:0 hs- Admitida nesta unidade vinda de casa acompanhada pela prima para
Exemplo de prontuário:
9:00hs- apresenta-se consciente, comunicativo, ictérico, aceitou o desjejum oferecido, tomou banho de aspersão, deambulando, afebril, dispneico, normotenso, taquicardico, mantendo venóclise por scalp em MSE, com bom refluxo, sem sinais flogisticos, abdômen ascistico doloroso à palpação, SVD com débito de 200ml de coloração alaranjada, eliminação intestinal ausente há 1 dia. Refere algia generalizada. (seu nome)
Unidade do paciente
Esta unidade é o espaço físico hospitalar onde o paciente permanece a maior parte do tempo durante seu período de internação. É basicamente composta por cama, mesa de cabeceira, cadeira, mesa de refeições e escadinha. O paciente acamado deve ter sempre à disposição uma campainha para chamar o profissional de enfermagem, caso necessite. A unidade do paciente, seja ambiente individualizado (quarto) ou espaço coletivo (enfermaria), deve proporcionar-lhe completa segurança e bem-estar. Nesse sentido, lembramos que o estado de conserva ção do teto, piso e paredes, instalação elétrica e hidráulica, disposição do mobiliário e os espaços para a movimentação do paciente, da equipe e dos equipamentos são aspectos importantes a ser considerados. Outra questão é a influência do ambiente e dos fatores estéticos sobre o estado emocional e o humor das pessoas. Decoração atraente, cores de paredes e tetos agradáveis, iluminação adequada, ambiente arejado, calmo e silencioso, proporcionam maior aconchego às pessoas, especialmente quando doentes.
Limpeza e preparo da unidade do paciente
A limpeza da unidade objetiva remover mecanicamente o acúmulo de sujeira e ou matéria orgânica e, assim, reduzir o número de microrganismos presentes. Pode ser de dois tipos: . limpeza concorrente: feita diariamente após a arrumação da cama, para remover poeira e sujidades acumuladas ao longo do dia em superfícies horizontais do mobiliário; normalmente, é suficiente a limpeza com pano úmido, realizada pelo pessoal de enfermagem; . limpeza terminal: feita em todo o mobiliário da unidade do paciente; é realizada quando o leito é desocupado em razão de alta, óbito ou transferência do paciente, ou no caso de internações prolongadas. Na maioria dos estabelecimentos, ainda é feita pelo pessoal de enfermagem, embora haja crescente tendência para ser realizada pela equipe de higiene hospitalar, desde que devidamente treinada, de modo que a enfermagem possa ter mais tempo disponível nos cuidados aos pacientes. A realização da limpeza da unidade requer conhecimentos básicos de assepsia e uso de técnica adequada, visando evitar a disseminação de microrganismos e a contaminação ambiental. Assim, o profissional responsável por essa tarefa deve ater-se a algumas medidas de extrema importância: . executar a limpeza com luvas de procedimento; . realizar a limpeza das superfícies com movimentos amplos e num único sentido; . seguir do local mais limpo para o mais contaminado; . colocar sempre a superfície já limpa sobre outra superfície limpa; . limpar com solução detergente e, em seguida, remover o resí- duo; . substituir a água, sempre que necessário. A limpeza da unidade deve abranger a parte interna e externa da mesa de cabeceira, travesseiro (se impermeável), colchão, cabeceira da cama, grades laterais, estrado, pés da cama, paredes adjacentes à cama, cadeira e escadinha.
Sinais Vitais
Os sinais vitais do paciente são: temperatura, pulso, respiração e a pressão arterial. Existem equipamentos próprios para a verificação de cada sinal vital, que devem ser verificados com cautela e sempre que possível não comentá-lo com o paciente.
Temperatura
A temperatura é a medida do calor do corpo: é o equilíbrio entre o calor produzido e o calor perdido. Tempo para deixar o termômetro no paciente é de 5 a 10 minutos.
- Valores da temperatura: É considerado normal 36ºC a 37ºC Temperatura axilar- 36ºC a 36,8ºC Temperatura inguinal- 36ºC a 36,8ºC Temperatura bucal- 36,2ºC a 37ºC Temperatura retal- 36,4ºC a 37,2ºC
Pulso e Respiração
O pulso e a respiração devem ser verificados no mesmo procedimento, pois o paciente pode interferir, parando ou alterando o ritmo respiratório.
Pulso O pulso radial é habitualmente o mais verificado.
Média normal do pulso: Lactentes: - 110 a 130 bpm (batimentos por minuto) Abaixo de 7 anos: - 80 a 120 bpm Acima de 7 anos: - 70 a 90 bpm Puberdade: - 80 a 85 bpm Homem: - 60 a 70 bpm Mulher: - 65 a 80 bpm Acima dos 60 anos: - 60 a 70 bpm
Respiração
A principal função da respiração é suprir as células do organismo de oxigênio e retirar o excesso de dióxido de carbono.
Valores normais: Homem: - 16 a 18 mpm (movimentos por minuto) Mulher: - 18 a 20 mpm Criança: - 20 a 25 mpm Lactentes: - 30 a 40 mpm
Pressão Arterial
É a medida da força do sangue contra as paredes das artérias. A medida da pressão arterial compreende a verificação da pressão máxima chamada sistólica e pressão mínima diastólica.
- Valores normais para um adulto: Pressão sistólica: 140x90mmHg Pressão diastólica: 90x60mmHg
Arrumação de Cama
1- Cama Simples - aberta- com doente
- fechada- sem doente 2- Cama com paciente 3- Cama de operado Material necessário - dois lençóis grandes
- um lençol móvel
- uma colcha
- uma fronha
- cobertor se necessário
Objetivos: - Conforto do paciente
- Estética da enfermaria
Técnica
1- Colocar a roupa na cadeira ao lado da cama, na ordem que vai ser usada.
2- Soltar a roupa de cama, iniciando pelo lado distal, retirando uma peça de cada vez. Voltando as pontas para dentro e colocando no hamper.
3- Colocar a fronha no travesseiro, deixando-o sobre a cadeira. 4- Estender o lençol protetor do colchão. 5- Estender o lençol móvel. 6- Estender o lençol normal. 7- Estender o cobertor e a colcha. 8- Fazer a dobra da cabeceira se a cama for aberta. 9- Colocar o travesseiro sobre a cama.
10- Passar para o outro lado da cama, complementando-a. 1- Ajeitar o travesseiro.
Observações:
- se o paciente tiver incontinência urinária ou em caso de puérpera, acrescenta-se um impermeável sob o lençol móvel.
- quando o leito estiver vago, o lençol de cima ficará esticado e o travesseiro de pé encostado no espaldar da cama.
Cama com paciente a)- Deve ser feita evitando cansar o paciente, o qual deve ser afastado para o lado contrário aquele em que se está trabalhando.
- O paciente ficará em decúbito lateral ou dorsal, conforme seu estado.
b)- Pode ser feito por duas pessoas para ser mais rápido e segurar o paciente em caso grave.
c)- Terminando de arrumar um lado o paciente deve ser trazido para o lado arrumado, coberto com lençol limpo.
d)- Assim que arrumar o outro lado, fará o paciente se acomodar no centro da cama com todo conforto.
e)- Geralmente a arrumação de cama é feita após o banho de leito. Cama de Operado - é feita para aguardar o paciente que vem da cirurgia ou de exames sob anestesia.
- É feita a cama simples, acrescentando um lençol em forma de leque na cabeceira e o lençol de cima com cobertor e colcha do lado da porta e nos pés deve ser dobrado sobre a cama, facilitando a entrada do paciente
Lavagem das Mãos
As mãos devem ser lavadas antes e após todo e qualquer procedimento. É a lavagem das mãos o cuidado que evita infecção cruzada, ou seja, a veiculação de microorganismos:
- de um paciente para o outro;
- de um paciente para o profissional;
- de utensílios permanentes para o profissional ou para o paciente ( camas, telefone, etc);
Podemos citas que a lavagem das mãos tem por finalidade: - diminuir o número de microorganismos;
- eliminar sujidades, substâncias tóxicas e medicamentosas;
- evitar disseminação de doenças;
- proteger a saúde do profissional. Técnica Material: - sabão de preferência líquido
- toalha de papel. 1- abrir a torneira; 2- molhar as mãos; 3- passar o sabão; 4- friccionar bem; 5- passar as mãos ensaboadas na torneira; 6- conservá-la aberta; 7- proceder assim: - palma com palma;
- palma no dorso (incluso entre os dedos);
- dorso na palma (incluso entre os dedos);
- ponta dos dedos em concha e vice-versa; - polegares;
- costas das mãos;
- unhas; 8- enxaguar; 9- com as mãos em concha, jogar água na torneira; 10- pegar o papel toalha; 1- secar as mãos; 12- com o papel, secar a torneira e fechá-la.
Luvas esterilizadas e de procedimento
Outra barreira utilizada para o controle da disseminação de microrganismos no ambiente hospitalar são as luvas, esterilizadas ou não, indicadas para proteger o paciente e o profissional de contaminação. As luvas esterilizadas, denominadas luvas cirúrgicas, são indicadas para a realização de procedimentos invasivos ou manipulação de material estéril, impedindo a deposição de microrganismos no local. Exemplos: cirurgias, suturas, curativos, cateterismo vesical, dentre outros. As luvas de procedimento são limpas, porém não esterilizadas, e seu uso é indicado para proteger o profissional durante a manipulação de material, quando do contato com superfícies contaminadas ou durante a execução de procedimentos com risco de exposição a sangue, fluidos corpóreos e secreções. Não há nenhum cuidado especial para calçá-las, porém devem ser removidas da mesma maneira que a luva estéril, para evitar que o profissional se contamine.
Calçando e descalçando luvas estéreis Antes de qualquer coisa, ressalte-se que a luva deve ter um ajuste adequado, cuja numeração corresponda ao tamanho da mão. Abra o pacote de luvas posicionando a abertura do envelope para cima e o punho em sua direção. Toque somente a parte externa do pacote, mantendo estéreis a luva e a área interna do pacote. Segure a luva pela dobra do punho, pois é a parte que irá se aderir à pele ao calçála, única face que pode ser tocada com a mão não-enluvada - desta forma, sua parte externa se mantém estéril. Para pegar a outra luva, introduza os dedos da mão enluvada sob a dobra do punho e calce-a, ajustando- a pela face externa. Calçando a luva, mantenha distância dos mobiliários e as mãos em nível mais elevado, evitando a contaminação externa da mesma Após o uso, as luvas estão contaminadas. Durante sua retirada a face externa não deve tocar a pele. Para que isto não ocorra, puxe a primeira luva em direção aos dedos, segurando-a na altura do punho com a mão enluvada; em seguida, remova a segunda luva,segurando-a pela parte interna do punho e puxando-a em direção aos dedos. Esta face deve ser mantida voltada para dentro para evitar autocontaminação e infecção hospitalar. Calçando
Descalçando
Material: - escova de dente;
- copo descartável com água;
- toalha de rosto;
- cuba-rim; espátula;
- canudo s/n;
- lubrificante labial (vaselina);
- anti-septico oral (Cepacol);
- luva de procedimento;
Procedimento (paciente com pouca limitação) - em posição de Fowler e com a cabeça lateralizada;
- proteger o tórax com a toalha de rosto;
- colocar a cuba-rim sob a bochecha;
- solicitar para que abra a boca ou abri-la com auxíliio da espátula;
- utilizar a escova com movimentos da raiz em direção à extremidade dos dentes.
Fazer cerca de 6 a 10 movimentos em cada superfície dental, com pressão constante da escova; - repetir esse movimento na superfície vestibular e lingual, tracionando a língua com espátula protegida com gaze, s/n; - oferecer copo com água para enxaguar a boca;
- utilizar canudo s/n.
Procedimento (paciente com prótese) - Solicitar que retire a prótese ou fazer por ele, utilizando a gaze;
- Escovar a gengiva, palato e língua, se o paciente não puder fazê-lo;
- Oferecê-la para que o paciente coloque-a ainda molhada.
Tipos:
Banhos
1- Aspersão - banho de chuveiro; 2- Imersão - banho na banheira; 3- Ablução - jogando pequenas porções de água sobre o corpo; 4- No leito - usado para pacientes acamados em repouso absoluto. Objetivos:
- limpeza da pele e conforto do paciente; - estímulo a circulação e prevenção de úlceras de pressão.
Material:
- material para higiene oral; - bacia;
- material para lavagem externa;
- luva de banho;
- roupa de cama e de uso do paciente;
- luva de procedimento.
Cuidados importantes
- Retirar todo sabão ao enxaguar e enxugar corretamente para evitar irritação da pele (principalmente da região genital).
- Sempre que possível, orientar e estimular à higiene.
- Manter o diálogo e respeitar a privacidade.
Lavando os cabelos e o couro Cabeludo
A lavagem dos cabelos e do couro cabeludo visa proporcionar higiene, conforto e estimular a circulação do couro cabeludo. Quando o paciente não puder ser conduzido até o chuveiro, esta tarefa deve ser realizada no leito. O procedimento a seguir descrito é apenas uma sugestão, considerando-se que há várias formas de realizá-lo. Material necessário: . dois jarros com água morna . sabão neutro ou xampu . duas bolas de algodão . pente . toalha grande de banho (duas, caso necessário) . balde . bacia . luvas de procedimento . impermeável / saco plástico
Medindo a altura e o peso no adulto
Material necessário: . balança . papel para forrar a plataforma da balança
A balança a ser utilizada deve ser previamente aferida (nivelada, tarada) para a obtenção de valores mais exatos e destravada somente quando o paciente encontra-se sobre ela. O piso da balança deve estar sempre limpo e protegido com papel-toalha, evitando que os pés fiquem diretamente colocados sobre ele. Para prevenir a ocorrência de quedas, fornecer auxílio ao paciente durante todo o procedimento. O paciente deve ser pesado com o mínimo de roupa e sempre com peças aproximadas em peso. Para obter um resultado correto, deve ser orientado a retirar o calçado e manter os braços livres. Após ter se posicionado adequadamente, o profissional deve deslocar os pesos de quilo e grama até que haja o nivelamento horizontal da régua graduada; a seguir, travar e fazer a leitura e a anotação de enfermagem. Em pacientes internados, com controle diário, o peso deve ser verificado em jejum, sempre no mesmo horário, para avaliação das alterações. Para maior exatidão do resultado na verificação da altura, orientar o paciente a manter a posição ereta, de costas para a haste, e os pés unidos e centralizados no piso da balança. Posicionar a barra sobre a superfície superior da cabeça, sem deixar folga, e travá- la para posterior leitura e anotação
Sondagem Nasogástrica
- Definição: - A Sonda Nasogátrica é um tubo de polivinil que quando prescrito, deve ser tecnicamente introduzido desde as narinas até o estômago. Sua finalidade está associada à maneira com ficará instalada no paciente - Objetivo da Sonda Nasogástrica:
- A maneira como ela estará instalada determinará seu objetivo. Pode ser aberta ou fechada. - Sonda Nasogátrica Aberta:
- Quando o objetivo é drenar líquidos intra-gástrico, a saber:
- - esverdeado: Bile
- - borra de café: bile + sangue
- - sanguinolenta vivo
- - sanguinolento escuro
- - amarelado
- Podemos exemplificar cirurgias onde no pós operatório se deseja o repouso do sistema digestivo e também em casos de intoxicação exógena, onde o conteúdo ingerido precisa ser removido rapidamente. - Sonda Nasogástrica Fechada
- Utilizada com finalidade de alimentação, quando por alguma razão o paciente não pode utilizar a boca no processo de digestão. Ex: câncer de língua, anorexia, repouso pós- cirúrgico. - Material:
- Bandeja contendo:
- Sonda Nasogástrica (também chamada de Levine) de numeração 10, 12, 14, 16, 18 (adulto) - esparadrapo
- xilocaína gel
- gaze
- par de luvas
- estetoscópio
- copo com água
- toalha de rosto de uso pessoal
- Caso a Sonda Nasogástrica seja aberta adicione:
- extensão
- Técnica:
- explicar a procedimento ao paciente;
- colocá-lo em posição de Fowler;
- colocar a toalha sob o pescoço;
- medir o comprimento da sonda: da asa do nariz, ao lóbulo da orelha e para baixo até a ponta do apêndice xifóide. (FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM/ATKINSON). - marcar o local com o esparadrapo;
- passar xilocaína gel aproximadamente uns 10 cm;
- introduzir a sonda s por uma das narinas;
- flexionar o pescoço aproximando ao tórax, pedindo ao paciente para realizar movimentos de deglutição; - introduzir a sonda até o ponto do esparadrapo;
- fazer os 3 testes: pegar a ponta da sonda e colocá-la em um copo com água, se borbulhar, retirar a sonda, pois ao invés de estar no estômago, está no pulmão; pegar a ponta da sonda, encaixar a seringa e aspirar se vier líquido, a sonda está no lugar certo; pegar o estetoscópio e auscultar.
Lavagem gástrica É a introdução através da SNG, de líquido na cavidade gástrica, seguida de sua remoção. Observações importantes: - Deixar o paciente em jejum de 8 a 10 horas;
- Suspender anticolinérgicos por 48 horas, que inibe a secreção gástrica;
- Decúbito lateral esquerdo, pela posição anatômica.
Aspiração gástrica É a retirada de ar ou conteúdo gástrico, realiza-se de 2/2 horas, 4/4 ou sempre que necessário, diretamente na SNG;
Curativos
Definição: é o tratamento de uma lesão aberta.
Finalidades: - isolar o ferimento do exterior, impedindo a contaminação
- proteger contra traumatismo externos, amortecendo os choques
- absorver as secreções
- facilitar a cicatrização Material necessário: Bandeja contendo: - pacote de curativo (2 pinças dente de rato e 1 kocher)
- cuba rim
- frasco com soro fisiológico
- frasco com povidine tópico
- atadura de crepe se necessário
- pomada se prescrito
- luva
- esparadrapo ou micropore
- gaze
Técnica 1- limpar e prepara a bandeja com álcool 70% 2- lavar as mãos 3- levar o material para junto do paciente
4- abrir o pacote sobre a mesa de cabeceira, dispor o material com técnica de forma a não cruzar o campo estéril
5- colocar as gazes no campo, abrindo o pacote de gaze com técnica 6- desprender o esparadrapo, limpando todas as marcas da pele
7- descobrir o local do curativo 8- retirar o curativo sujo existente, colocar na cuba rim
9- proceder a limpeza do ferimento, com a pinça montada com gaze embebido em solução prescrita. Seguir os princípios do menos contaminado para o mais contaminado.
10- observar as condições da lesão
1- aplicar a solução prescrita, em caso de pomada usar sobre a gaze distribuindo com uma espátula
12- cobrir o local com gaze 13- fixar o curativo com tiras de esparadrapo ou micropore 14- desprezar o material contaminado 15- deixar o paciente confortável 16- cuidar do material usado 17- lavar as mãos
18- anotar no prontuário do paciente, hora, local do ferimento, solução e medicamento usado, aspecto e grau de cicatrização.
* Ferimento limpo: limpa-se de dentro para fora
* Ferimento sujo: limpa-se de fora para dentro Tipos de curativos
Alginatos São derivados de algas marinhas e, ao interagirem com a ferida, sofrem alteração estrutural: as fibras de alginato transformam-se em um gel suave e hidrófilo à medida que o curativo vai absorvendo a exsudação. Esse tipo de cobertura é indicado para feridas com alta ou moderada exsudação e necessita de cobertura secundária com gaze e fita adesiva.
Carvão ativado Cobertura composta por tecido de carvão ativado, impregnado com prata - que exerce ação bactericida . e envolto por uma camada de não-tecido, selada em toda a sua extensão. Muito eficaz em feridas com mau odor, é indicada para cobertura das feridas infectadas exsudativas, com ou sem odor. Também necessita de cobertura secundária com gaze e fita adesiva.
Hidrocolóide As coberturas de hidrocolóides são impermeáveis à água e às bactérias e isolam o leito da ferida do meio externo. Evitam o ressecamento, a perda de calor e mantêm um ambiente úmido ideal para a migração de células. Indicada para feridas com pouca ou moderada exsudação, podendo ficar até 7 dias.
Hidrogel
Proporciona um ambiente úmido oclusivo favorável para o processo de cicatrização, evitando o ressecamento do leito da ferida e aliviando a dor. Indicada para uso em feridas limpas e não-infectadas, tem poder de desbridamento nas áreas de necrose.
Filmes Tipo de cobertura de poliuretano. Promove ambiente de cicatriza ção úmido, mas não apresenta capacidade de absorção. Não deve ser utilizado em feridas infectadas.
Papaína A papaína é uma enzima proteolítica proveniente do látex das folhas e frutos do mamão verde adulto. Age promovendo a limpeza das secreções, tecidos necróticos, pus e microrganismos às vezes presentes nos ferimentos, facilitando o processo de cicatrização. Indicada para feridas abertas, com tecido desvitalizado e necrosado.
Ácidos graxos essenciais (AGE) Produto à base de óleo vegetal, possui grande capacidade de promover a regeneração dos tecidos, acelerando o processo de cicatrização. Indicada para prevenção de úlcera de pressão e para todos os tipos de feridas, apresentando melhores resultados quando há desbridamento prévio das lesões.
Antissépticos São formulações cuja função é matar os microrganismos ou inibir o seu crescimento quando aplicadas em tecidos vivos. Os antissépticos recomendados são álcool a 70%, clorexidina tópica e PVP-I tópico. Atualmente, não são recomendados o hexaclorofeno, os mercuriais org ânicos, o quaternário de amônia, o líquido de Dakin, a água oxigenada e o éter.
É a introdução de líquido no intestino através do ânus ou da colostomia.
¾ Tipo de clister: - Antisséptico: combate a infecção;
- Adstringente: contrair os tecidos intestinais;
- Carminativo: eliminar as flatulências;
- Anti-helmíntico: destruir vermes;
- Emolientes: amolecer as fezes;
- Água gelada: diminuir a febre;
- Enema salena: eliminar as fezes;
- Enema irritativo: irrita o intestino provocando eliminação das fezes (feita com sulfato de magnésio).
Material: - irrigador com extensão clampada contendo solução prescrita: água morna, glicerina, solução salina, SF + glicerina, fleet enema, minilax; - sonda retal (mulher: 2 ou 24 e homem: 24 ou 26);
- pincha para fechar o intermediário; gazes; vaselina ou xylocaína; cuba rim; papel higiênico; luva de procedimento; suporte de soro; comadre; biombo s/n; impermeável; lençol móvel; solução glicerinada ou fleet enema; saco para lixo.
Procedimento: - abrir o pacote do irrigador, conectar a sonda retal na sua borracha;
- colocar a solução (SF + glicerina) dentro do irrigador;
- colocar a xylocaína numa gaze;
- colocar a cuba rim, gaze e irrigador completo numa bandeja e levar para o quarto; - proteger a coma com impermeável e lençol móvel;
- dependurar o irrigador no suporte de soro à altura de 60cm do tórax do paciente; - colocar a comadre sobre os pés da cama;
- tirar ar da sonda sobre a cuba rim;
- clampar a extensão do irrigador;
- lubrificar a sonda reta 5 cm;
- entreabrir as nádegas com papel higiênico;
- introduzir a sonda de 5 a 10 cm, usando uma gze, pedir ao paciente que inspire profundamente; - firmar a sonda com uma mão e com a outra desclampar a extensão;
- deixar ecoar lentamente o líquido até restar pequena quantidade no irrigador;
- se a solução não estiver sendo infundida, fazer movimentos rotatórios;
- clampar a extensão, retirar a sonda com papel e desprezar na cuba rim;
- orientar o paciente a reter a solução, o quanto puder;
- oferecer comadre e papel higiênico à mão.
SONDA NASOENTERAL (do nariz ao duodeno)
Somente estará aberta se estiver infundido. Somente usada para alimentação.
Material: - sonda enteral DOOBBHOFF, com fio guia (mandril);
- copo com água;
- gaze, benzina;
- toalha de rosto;
- xylocaína gel;
- fita adesiva;
- estetoscópio;
- luvas de procedimento;
Procedimento - Elevar a cabeceira da cama (posição Fowler – 45º) com a cabeceira inclinada para frente ou decúbito dorsal horizontal com cabeça lateralizada; - Proteger o tórax com a toalha e limpar as narinas com gaze;
- Limpar o nariz e a testa com gaze e benzina para retirar a oleosidade da pele;
- Medir a sonda do lóbulo da orelha até a ponta do nariz e até a base do apêndice (acrescentar mais 10cm) ; - Marcar com adesivo;
- Calçar luvas;
- Injetar água dentro da sonda (com mandril);
- Mergulhar a ponta da sonda em copo com água para lubrificar;
- Introduzir a sonda em uma das narinas pedindo ao paciente que degluta, introduzir até a marca do adesivo; - Retirar o fio guia após a passagem correta;
- Aguardar a migração da sonda para duodeno, antes de administrar alimentação (até 24hs) confirmada pelo RX; - Observar sinais de cianose, dispnéia e tosse;
- Para verificar se a sonda está no local:
• Injetar 20ml de ar na sonda e auscultar com esteto, na base do apêndice xifóide, para ouvir ruídos hidroaéreos;
• Colocar a ponta da sonda no copo com água, se tiver borbulhamento está na traquéia. Deve ser retirada.
• Toda vez que a sonda for aberta, para algum procedimento, dobrá-la para evitar a entrada de ar; • Fechá-la ou conectá-la ao coletor;
• Fixar a sonda não tracionando a narina;
• Colocar o paciente em decúbito lateral direito para que a passagem da sonda até o duodeno seja facilitada pela peristalce gástrica.
Material - catéter estéril de 8 a 12;
- frasco umidificador de bolhas estéril; extensão de borracha; fluxômetro calibrado para rede de oxigênio; esparadrapo; gaze com lubrificante; 50ml de água destilada esterilizada.
Procedimento - instalar o fluxômetro na rede de Oxigênio e testá-lo;
- colocar a água destilada esterilizada no copo do umidificador, fechar e conectálo ao fluxômetro; - conectar a extensão plástica ao umidificador;
- identificá-lo com etiqueta (data, horário e volume de água);
- medir o catéter do início do canal auditivo à ponta do nariz, marcar com adesivo; - lubrificar o catéter e introduzí-lo em uma das narinas, até aproximadamente 2 cm antes da marca do adesivo; - conectar o catéter à extensão;
- abrir e regular o fluxômetro (conforme prescrição);
Trocar o catéter diariamente, rodiziando as narinas. Trocar o umidificador e a extensão a cada 48hs.
CÂNULA NASAL (óculos)
Material: - cânula nasal dupla estéril;
- umidificador de bolhas estéril;
- extensão de borracha;
- fluxômetro calibrado por rede de oxigênio;
- 50 ml de AD esterilizada.
Procedimento: - instalar o fluxômetro e testá-lo;
- colocar água no copo do umidificador, fechá-lo e conectá-lo ao fluxômetro;
- conectar a extensão ao umidificador;
- identificar o umidificador com etiqueta (data, horário e volume de água);
- instalar a cânula nasal do paciente e ajustá-la sem tracionar as narinas;
- conectar a cânula à extensão, abrir e regula o fluxômetro (conforme prescrição).
Trocar a cânula nasal diariamente. Trocar o umidificador e extensão plástica a cada 48 horas.
Material - fluxômetro;
- máscara simples ou “Venturi” de formato adequado esterilizado;
- frasco nebulizador; extensão plástica corrugada (traquéia); 250 ml de água destilada esterilizada; etiqueta e folha de anotações de enfermagem.
Procedimento - instalar o fluxômetro e testá-lo;
- colocar a água no copo do nebulizador, fechar e conectar ao fluxômetro;
- conectar a máscara ao tubo corrugado, e este ao nebulizador;
- colocar a máscara no rosto do paciente e ajustá-la, evitando compressões;
- regular o fluxo de Oxigênio, de acordo com a prescrição;
- identificar o nebulizador com adesivo (data, hora e volume).
Trocar a água do nebulizador 6/6hs, desprezando toda a água do copo e colocando nova etiqueta.
Trocar o conjunto a cada 48 horas.
Material - fluxômetro; micronebulizador, com máscara e extensão; 10ml de SF ou água destilada esterilizada; medicamento; etiqueta; gaze esterilizada; folha de anotações;
Procedimento - instalar o fluxômetro na rede de Oxigênio ou ar comprimido e testá-lo;
- colocar o SF ou AD no copinho, acrescentar o medicamento, fechar e conectar ao fluxômetro; - conectar a máscara ao micronebulizador;
- regular o fluxo de gás (produzir névoa 5L/min);
- aproximar a máscara do rosto do paciente e ajustá-la, entre o nariz e a boca, solicitando que respire com os lábios entreabertos; - manter o micronebulizador junto ao rosto do paciente, por 5 minutos, ou até terminar a solução (quando possível orientá-lo a fazê-lo sozinho); - identificar com etiqueta (data, horário de instalação);
- fechar o fluxômetro e retirar o micronebulizador;
- secar com gaze, recolocá-lo na embalagem e mantê-lo na cabeceira do paciente. Trocar o nebulizador a cada 48 horas.
Material - sonda de aspiração de calibre adequado; intermediário de conector Y; luva estéril; - aparelho de sucção; frasco com água (500ml) de SF 0.9% para limpeza do circuito após a utilização; gaze estéril; máscara de proteção; seringa de 10 ml s/n; agulhas 40x12 s/n; ampola de SF s/n; saco de lixo.
Procedimento: - colocar água e sabão no frasco coletor;
- testar o aspirador;
- elevar a cabeça do paciente e lateralizá-la; - abrir a extremidade da sonda e adaptar ao aspirador;
- manter o restante da sonda na embalagem;
- colocar a máscara e a luva (considerar uma das mãos estéril e a outra não);
- introduza a sonda com a válvula aberta, na fase inspiratória, abrindo o Y;
- aspire e retire a sonda com a mão estéril;
- desprezar em caso de obstrução e colocar as luvas (s/n fluidificar a secreção, instalando 2ml de SF); - aspirar a boca e nariz com nova sonda;
- lavar todo o circuito com SF e desprezar a sonda;
- trocar todo circuito a 24hs.
Anotar - data e hora;
- característica da secreções;
Aspirar durante 15 s e dar intervalos de 30 segundos.
Cateterismo Vesical
Conceito: é a introdução de uma sonda até a bexiga a fim de retirar a urina. Indicações: - quando o paciente está impossibilitado de urinar
- colher urina asséptica para exames
- preparo pré-parto, pré-operatório e exames pélvicos (quando indicados)
- incontinência urinária
Material Bandeja contendo: - pacote de cateterismo estéril com:
- cuba rim
- cúpula
- pinça kocher
- 5 gazes dobradas
utilizada para aspirar os coágulos e permitir a passagem da urina)
seringa de 20cc (a seringa no caso masculino serve para lubrificar a mucosa da uretra introduzindo Xilocaína gel e também aliviando a dor na sondagem vesical, também casos de sondagem em que há presença de coágulos como por exemplo em paciente com infecção do trato urinário, ou lesão de bexiga, a seringa pode ser - um pacote de luva estéril
- sonda vesical apropriada estéril
- frasco com povidine tópico
- lubrificante (xilocaína gel) Acessório (quando houver necessidade) - comadre coberta
- biombo
- material para lavagem externa
- seringa com água destilada
- extensão de sonda mais saco coletor
- esparadrapo - agulha de aspiro Técnica 1- explicar ao paciente o que será feito 2- preparar o material 3- preparar o ambiente - desocupar a mesa de cabeceira
- cercar a cama com biombo
- fazer lavagem externa
Tudo conforme as condições e necessidades do paciente
4- lavar as mãos 5- colocar a bandeja com o material na mesa de cabeceira
6- abrir o pacote de cateterismo junto ao paciente, despejando o produto para antisepsia na cúpula (povidine), com técnica asséptica,
7- abrir o pacote da sonda indicada e colocar junto a cuba rim, sem contaminar 8- colocar o lubrificante sobre uma das gazes do pacote
9- posicionar o paciente. A posição ginecológica para o sexo feminino e decúbito dorsal com as pernas juntas, para o sexo masculino
10- calçar as luvas
1- posicionar o material adequadamente e lubrificar a ponta da sonda com a mão enluvada
12- fazer a anti-sepsia com a pinça montada da seguinte forma: para o sexo feminino:
- separa os pequenos lábios com o polegar e o indicador de uma mão e não retirar a mão até introduzir a sonda
- passar uma gaze molhada no anti-séptico entre os grandes e pequenos lábios do lado distal de cima para baixo em um só movimento (clitóris, uretra, vagina)
- pegar outra gaze e fazer o mesmo do lado proximal
- umedecer a última gaze e passar sobre o meato urinário.
para o sexo masculino: - fazer anti-sepsia na glande com a pinça montada com gaze umedecida no anti- séptico, afastando com o polegar e o indicador da mão esquerda o prepúcio que cobre a glande, por último passar uma gaze com anti-séptico no meato urinário.
13- pegar a sonda com a mão direita e introduzir no meato urinário, deixar a outra extremidade dentro da cuba rim, verificando a saída da urina.
Material - sonda de 3 vias; SF para irrigação; Equipo de soro; Luvas de procedimento; Folha de impresso; Coletor; Suporte de soro;
Procedimento: - preparar a solução;
- pendurá-lo no suporte;
- s/n sonde o paciente;
- conectar a sonda ao equipo da solução;
- substituir a solução sempre que necessário;
- controlar o gotejamento e observar a permeabilidade;
- medir volume drenado;
Material: - 1 pinça Kocker, 1 pinça Kelly, 1 pinça dente de rato e 1 anatômica;
- gazes esterilizados;
- soro fisiológico;
- tesoura de iris ou lâmina de bisturi ou gilete esterilizada;
Procedimento - faz-se a limpeza da incisão cirúrgica, obedecendo a técnica do curativo;
- umideça os pontos com soro fisiológico, secar;
- com a pinça anatômica, segura-se a extremidade do fio e com a tesoura cortase a parte inferior do nó; - coloca-se uma gaze próxima à incisão, para depoisitar os pontos retirados;
Posições para exames
Fowler Paciente fica semi sentado. Usado para descanso, conforto, alimentação e patologias respiratórias
SIMs Lado direito: deitar o paciente sobre o lado direito flexionando-lhe as pernas, ficando a direita semi flexionada e a esquerda mais flexionada, chegando próxima ao abdômen. Para o lado esquerdo, basta inverter o lado e a posição das pernas. Posição usada para lavagem intestinal, exames e toque.
GENU-PEITORAL Paciente se mantém ajoelhado e com o peito descansando na cama, os joelhos devem ficar ligeiramente afastados. Posição usada para exames vaginais, retais e cirurgias.
GINECOLÓGICA A paciente fica deitada de costas, com as pernas flexionadas sobre as coxas, a planta dos pés sobre o colchão e os joelhos afastados um do outro. É usado para sondagem vesical, exames vaginais e retal.
LITOTOMIA A paciente é colocada em decúbito dorsal, as coxas são bem afastadas uma das outras e flexionadas sobre o abdôme; para manter as pernas nesta posição usamse suportes para as pernas (perneiras). Posição usada para parto, toque, curetagem.
O paciente fica em decúbito dorsal, com as pernas e pé acima do nível da cabeça, posição usada para retorno venoso, cirurgia de varizes, edema.
ERETA ou ORTOSTÁTICA
O paciente permanece em pé com chinelos ou com o chão forrado com um lençol. Posição usada para exames neurológicos e certas anormalidades ortopédicas.
Cuidados com o corpo após a morte
Somente após a constatação do óbito inicia-se o preparo do corpo: limpeza e identificação, evitar odores desagradáveis e saída de secreções e sangue e adequar a posição do corpo antes que ocorra a rigidez cadavérica. Faz-se necessário lembrar que o cadáver merece todo respeito e consideração, e que sua família deve ser atendida com toda a aten- ção, respeitando-se sua dor e informando-a cuidadosamente, de modo compreensível, sobre os procedimentos a serem realizados.
Objetivos: - preparar o corpo para o funeral;
- preparar o corpo para autópsia;
- facilitar a identificação do corpo.
Após a constatação do óbito: - observar a hora;
- fechar os olhos do morto;
- retirar da cama travesseiro e roupas extras;
- cobrir o corpo com um lençol.
Material: - algodão;
- atadura de crepe;
- pinça longa;
- esparadrapo;
- etiquetas de identificação ( 3 ou 4 etiquetas);
- cuba rim;
- luva de procedimento;
- 2 lençóis;
- bacia com água e luva de banho se necessário.
Farmacologia
Regras dos 5 certos: - paciente certo
- medicamento certo
- posologia certa
- via certa
- hora certa Medidas equivalentes 1 colher de café- 2ml-2g 1 colher de chá- 5ml- 5g 1 colher de sobremesa- 10ml- 10g 1 colher de sopa- 15ml- 15g 1 copo- 250ml
Antibióticos
Os antibióticos são drogas capazes de inibir o crescimento de microrganismos ou destruí-los. Constituem um grupo de medicamentos com ação bactericida/fungicida, causando a destruição das bactérias/fungos, pois desencadeiam alterações incompatíveis com sua sobrevida e ação bacteriostática/fungistática, promovendo a inibição do crescimento e reprodução bacteriana/fúngica, sem necessariamente provocar sua morte imediata. O efeito pode ser reversível se o uso da droga for suspenso.
Penicilinas
Termo genérico que abrange grande grupo de fármacos. A penicilina é uma droga bactericida, de baixa toxidade. Por ser capaz de desencadear reações de sensibilização, o profissional deve estar atento a esse tipo de manifestação. - Penicilina G cristalina - possui ação rápida, devendo-se repetir a dose a cada 4 horas. Em adultos, a administração deve ser feita por infusão venosa, por aproximadamente 30 minutos, em 50 a 100ml de solução; - Penicilina G procaína e penicilina G benzatina - verificam-se ações mais prolongadas nos casos de utilização dos medicamentos Wycillin® (penicilina G procaína) e Benzetacil® (penicilina G benzatina). Devem ser aplicadas exclusivamente por via intramuscular profunda, com cautela, para evitar administração acidental intravenosa, intra-arterial ou junto a grandes nervos. Lesões permanentes podem resultar de aplicações nas proximidades ou no nervo; - Outras penicilinas: oxacilina (Oxacilina®, Staficilin N®), ampicilina (Ampicilina®, Ampicil®, Amplofen®, Binotal®), amoxicilina (Amoxil®, Clavulin®, Larocin®, Novocilin®), carbenicilina (Carbenicilina®) - podem provocar reações alérgicas e, na administra ção oral, irritação gástrica.
Cefalosporinas As cefalosporinas constituem um dos grupos de antibióticos mais prescritos no nosso meio e têm a vantagem de ser agentes bactericidas e gerar poucos efeitos colaterais. De maneira geral, são drogas bem toleradas pelo organismo mas devem ser usadas com cautela em pacientes penicilino-alérgicos e/ou com história de doença gastrintestinal. As principais cefalosporinas são: cefalexina (Keflex®, Cefaporex®), cefalotina (Keflin®), cefadroxil (Cefamox®), cefoxitina (Mefoxin ®), cefuroxina (Zinacef®), ceftriaxona (Rocefin®), ceftazidima (Kefadim ®, Fortaz®), cefoperazona sódica (Cefobid®).
Aminoglicosídeos A grande maioria das drogas que compõem este grupo é bactericida. Os aminoglicosídeos são fármacos que apresentam índice terapêutico e tóxico muito estreito, com alto grau de ototoxidade (irreversível) e nefrotoxidade e pouca absorção por via oral. Os principais aminoglicosídeos são: sulfato de gentamicina (Garamicina®), sulfato de amicacina (Novamin®, Briclin®), estreptomicina (Climacilin®, Sulfato de Estreptomicina ®) e outros aminoglicosídeos (Neomicina, Kanamicina, Kantrex®, Netromicina, Tobramicina).
Cloranfenicol São drogas bacteriostáticas, contra-indicadas para portadores de depressão medular ou insuficiência hepática e recém-nascidos. Podem ser utilizadas por via tópica, oral e parenteral. Sua formulação apresenta-se sob a forma de pomadas, colírios, cápsulas, drágeas e frascos em pó. Comercialmente conhecidas como Quemicetina®, Sintomicetina ®
Tetraciclinas Possuem ação bacteriostática. Seu uso em mulheres grávidas, em processo de lactação e em crianças menores de 8 anos é contra-indicado porque provoca descoloração dentária permanente (cor cinza-marrom, inza-castanho) e depressão do crescimento ósseo. Não devem ser administradas com antiácidos que contenham alumínio, cálcio ou magnésio, nem associadas a medicamentos que possuam ferro na fórmula, porque interferem na sua absorção. A administração concomitante com leite e derivados provoca sua inativação pelo cálcio. As principais tetraciclinas são: tetraciclina (Tetrex®); oxitetraciclina (Terramicina®); doxiciclina (Vibramicina®).
Vancomicina Deve ser administrada por via endovenosa (Vancomicina®), em infusão intermitente, em 100 a 200ml de solução salina ou glicosada, por 60 minutos. A infusão rápida provoca a reação .síndrome do pescoço vermelho., caracterizada por rubor de face, pescoço, tórax, prurido, hipotensão e choque anafilático - sintomas que costumam cessar com a interrupção da infusão.A ocorrência de tromboflebite pode ser minimizada com aplicações lentas e bem diluídas. Metronidazol Bactericida específico para os germes anaeróbios, comercializado sob os nomes Flagyl® e Metronix®. Sua administração deve ser realizada por infusão venosa, numa velocidade de 5ml/minuto, por 30 minutos. Durante sua administração não se devem infundir outras soluções concomitantemente e, para evitar tromboflebite, o acesso venoso deve ser seguro.
Sulfametoxazol-trimetoprima São bacteriostáticos, usualmente administrados por via oral e comercializados sob o nome Bactrim®. A solução para infusão deve ser utilizada nas primeiras 6 horas após preparação, e administrada em 30 a 60 minutos. Se durante a administração surgir turvação ou cristalização, a infusão deve ser interrompida. Os principais antibióticos de ação fungicida ou fungistático são: . Anfotericina B (Fungizon®) . Nistatina (Micostatin®) . Fluconazol (Zoltec®)
Medicamentos antivirais
Expressivo número de medicamentos antivirais foi ultimamente desenvolvido para o tratamento de pessoas portadoras do vírus HIV ou Aids. São conhecidos pelo nome de anti-retrovirais e capazes de eliminar grande parte dos vírus circulantes na corrente sangüínea. Os principais anti-retrovirais são: zidovudina ou azidotimidina (AZT®, Retrovir® ), didanosina (ddl, Videx®), zalcitabina (ddC, Hivid®), lamivudina (3TC, Epivir®), saquinavir (Invirase®), ritonavir (Norvir®), delavirdina (Rescriptor®). Outro medicamento antiviral é o aciclovir (Zovirax®), utilizado para tratamento de herpes genital, orolabial primária e recorrente, encefalite herpética e infecção por vírus varicela-zoster em pacientes imunodeprimidos.
Analgésicos, antipiréticos e antiinflamatórios
Uma das características do ser humano é sua capacidade de manter a temperatura corporal constante, por ação dos centros termorreguladores do hipotálamo. Os principais analgésicos/antipiréticos estão incluídos nos seguintes grupos: . Opióides - também conhecidos como hipnoanalgésicos ou narcóticos . Derivados do ácido salicílico . Derivados do para-aminofenol . Derivados da pirazolona . Derivados dos ácidos arilalcanóicos
Vias de administração
Via ocular, nasal, pavilhão auditivo, oral, sublingual, região gástrica, tópica, genital, anal.
Vias parenterais: intramuscular (I.M), endovenosa (E.V), subcutânea (S.C), intradermica (I.D).
Via Intramuscular- bisel para baixo. Local: deltóide- 3ml; ventro glúteo ou hockstetter- 4ml; dorso glúteo- 5ml; antero lateral da coxa- 4ml.
Via Subcutânea- bisel para baixo, limite de líquido até 2ml. Local: escapular, tríceps, bíceps, abaixo da mama, parede abdominal, acima da crista ilíaca e face externa mediana da coxa.
Via Intradermica- utilizada para vacina e teste, para teste é 0,5ml, para vacina 1ml, bisel para cima.
Via Endovenosa- não tem limite de liquido, bisel para cima. Local: veia basilica, mediana, cefálica, cubital, radial, dorso da mão. Em criança: jugular, epicraniana.
Macrogotas/minuto
Controle de gotejamento ( Fórmula) Volume/hora x 3 Microgotas/minuto Volume/Hora Minutos Volume x 20/minuto
Exemplo: Um soro de 800ml para correr em 8 horas. Quantas microgotas deverá correr?
800/8=100 microgotas/minuto Insulina Graduada Frasco - seringa prescrição médica - X
Exemplo: Tem uma seringa de 1ml graduada em 40ui e insulina de 40ui/ml, a dose prescrita foi de 25ui/ml
40ui/ml - 40ui 25ui/ml - X 40X= 25x40 40X= 1000 X= 1000/40 X=25ui/ml Seringa Tuberculina Prescrição médica x seringa Frasco
Exemplo: Tem uma seringa tuberculina 100ui em milésimos/ml, sendo que a dose é 40ui e o frasco U-100
40x100= 4000 = 40 milésimos/ml
100100
Fórmula em Mínimos ( a seringa será sempre 16mínimos) 16 mínimos= 1ml Exemplo: Tem uma seringa tuberculina, quantos mínimos de insulina devo administrar, sendo que a prescrição médica é 25ui e o frasco U-80?
Prescrição médica x seringa
25x16 = 400= 5 mínimos
8080
Frasco 16 mínimos - 1ml 5 mínimos - X 16X= 5x1 X= 5 16 X= 0,31ml
Penicilina Cristalizada Frasco - diluente prescrição médica- X
Obs: se o problema não der o diluente será sempre 8ml e mais 2ml do pó= 10ml, se o problema der o diluente (exemplo:diluente 4ml, você tem sempre que somar o pó que será sempre 2ml = 6ml)
Exemplo: Prescrição médica penicilina cristalizada 1.200.0ui, frasco 5.0.0ui, quantos ml devo administrar?
5.0.0ui - 10ml 1.200.000ui - X 5.0.0X= 1.200.0x10 5.0.0X= 12.0.0 X= 12.0.0 5.0.0
X= 2,4ml Comprimidos, antibióticos Frasco - diluente prescrição - X
Obs: Se no problema a prescrição ou frasco estiver em grama você terá que transformar em mg. Exemplo: 0,5g = 500mg (número inteiro, coloca-se três 0, um número depois da vírgula coloca-se dois 0) Exemplo: Prescrição médica de 125mg, de uma medicação subcutânea, frasco é de 0,5g por 2ml. Quanto devo administrar?
500mg - 2ml 125mg - X 500X= 125x2 500X= 250 X= 250 500 X=0,5ml
Transformação de soro Isotônico para hipertônico
Exemplo: Numa prescrição médica temos SG(soro glicosado)10% 400ml e eu tenho na enfermaria SG5% 400ml e ampolas de glicose 25% com 20ml. Transforme o soro de 5% para 10%.
100ml10g(10% transformado em grama)
1o. Passo(numa prescrição médica temos SG10% 430ml) 400ml _ x 100x= 400x10 100x= 4000 x=4000 _ 100 x= 40g
100ml5g
400mlx
2o. passo (e eu tenho na enfermaria SG 5% 400ml) 100x= 400x5 100x= 2000 x= 2000 _ 100 x= 20g
Diferença 40g(resultado do 1o passo) - 20g(resultado do 2o. passo)= 20g.
3o passo (e ampolas de glicose 25% com 20ml) 100ml _ 25g 20ml _ x 100x= 25x20 100x= 500 x= 500 _ 100 x= 5 g
5g(resultado do 3o passo)20ml(ampolas de glicose25%com 20ml)
20g (resultado da diferença)x
5g20ml
20gx
O final do problema eu coloco como 4o passo. 4o. passo Então ficou: 5x=20x20 5x= 400 x=400 _ 5 x= 80ml 400(do soro) +80(resultado do 4o. passo)= 480ml Resultado: 480ml.
Precauções-padrão e isolamento
As normas relativas às precauções e ao isolamento constituem-se na adoção de medidas que possibilitam a prevenção da transmissão de microrganismos e que têm por objetivo principal proteger o paciente e o profissional de saúde. As mais utilizadas nos serviços de saúde, institucionalizados ou domiciliares, fundamentam-se no .Guideline. do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) de Atlanta e no HICPAC (Hospital Infection Control Practices Advisory Committee), nos EUA, publicado em 199628.
Os microrganismos podem ser transmitidos por contato com gotículas, aerossóis e exposição a sangue e outros líquidos corpóreos, como veremos a seguir: . por contato - ocorre principalmente através das mãos dos profissionais ou por contato com artigos e equipamentos contaminados. Exemplos: herpes simples, diarréia infecciosa; . por gotículas - ocorre através de gotículas produzidas pela fala, tosse, espirro e aspiração orotraqueal. As gotículas podem atingir até 1 metro de distância e rapidamente se depositam no chão, não permanecendo suspensas no ar. Exemplos: coqueluche, difteria, rubéola, meningite bacteriana; . por aerossóis - pequenas partículas contendo microrganismos eliminados durante a respiração, tosse ou espirro ressecam-se, podendo permanecer durante horas suspensas no ar. As partículas ressecadas são capazes de atingir distâncias maiores que 1 metro. Algumas doenças, como a tuberculose e o sarampo, são transmitidas dessa forma; . por exposição a sangue e outros líquidos corpóreos . a transmissão ocorre quando estes estão contaminados e entram em contato com mucosa ou pele nãoíntegra. Por exemplo, o vírus da imunodeficiência humana (HIV), os vírus da hepatite B e C. Esse sistema de precauções e isolamento indica dois níveis de precauções, a saber: . precauções-padrão, indicadas a todos os pacientes; . precauções baseadas no modo de transmissão dos agentes infecciosos: precauções de contato e precauções respiratórias para gotículas e aerossóis.
Precaução padrão
Precaução por contato Precaução respiratória
Bibliografia
Apostila de enfermagem El Shaday Só Enfermagem- w.soenfermagem.xpg.com.br

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