quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013


ANAMNESE
    Do grego aná = trazer de novo e mnesis  = memória,  é a parte mais importante do processo de trabalho do enfermeiro pois envolve o núcleo da relação profissional-paciente, além de preservar o lado humano da enfermagem e orientar de forma objetiva os diagnósticos a serem trabalhados e o plano cuidados a serem prestados. A anamnese, em síntese, é uma entrevista que tem por objetivo trazer de volta à mente todos os fatos relativos ao paciente e à sua situação atual de saúde/doença. Não é, no entanto, o simples registro de uma conversa. É mais que isto: é o resultado de uma conversação com um objetivo explícito, conduzido pelo enfermeiro e cujo conteúdo foi elaborado criticamente por ele.

objetivos da anamnese


  • Estabelecer a relação enfermeiro/paciente
  • Obter os elementos essenciais da história clínica  
  • Conhecer os fatores pessoais, familiares e ambientais relacionados com o processo saúde/doença  
  • Obter os elementos para guiar o enfermeiro no exame físico. Definir a estratégia de investigação complementar  
  • Direcionar a terapêutica em função do entendimento global a respeito do paciente

etapas da anamnese




Uma anamnese sucinta e objetiva pode ser composta das seguintes partes:
  1. Identificação do paciente 
  2. Queixa principal 
  3. Antecedentes Pessoais 
  4. Antecedente Familiares

identificação


O processo de identificação começa com o início da entrevista. Os dados obtidos são fundamentais para efeito de registro e de avaliação epidemiológica . Os elementos obrigatórios na identificação são:


  • Nome
  • Idade
  • Religião
  • Sexo
  • Cor (raça)
  • Estado civil
  • Profissão
  • Naturalidade/Nacionalidade 
Nome – Todo paciente é um ser humano cuja individualidade deve ser reconhecida e valorizada. Designar um ser humano pela patologia, que por infelicidade ele é portador (aquela leucemia do leito 1, etc.), é desumano e nega os princípios mais importantes do tratamento holístico. Da mesma forma, tratar o paciente por apelidos (tio, mãe, etc) demonstra falta de respeito e de sinceridade.
Idade – Cada grupo ou faixa etária apresenta maior ou menor probabilidade para a incidência de certas doenças. O conhecimento destas característica epidemiológicas é importante para o raciocínio diagnóstico.
Religião - Sabemos que certas religiões limitam o tratamento médico e por conseguinte, as ações de enfermagem. Por isso, devemos registrar sempre a religião que reje a vida de nosso paciente.
Sexo – A incidência de doenças não é igual nos dois sexos
Cor (raça) - A definição e o enquadramento de um indivíduo em uma raça não é fácil num país com as características de elevada miscigenação racial como é o caso do Brasil. O registro da cor, grosseiramente classificada em 3 categorias (branca, parda e negra), embora não tenha valor absoluto, pode ajudar o raciocínio clínico em algumas situações.
Profissão e local de trabalho atual e passado – Apresenta importância no contexto das doenças ocupacionais. Ex. pneumoconioses (trabalhadores de minas ou pedreiras podem desenvolver fibrose pulmonar decorrente da inalação crônica de pó de pedra), exposição a agentes tóxicos ( inseticidas, solventes orgânicos etc.)
Nacionalidade – Pais ou região geográfica em que o paciente nasceu. A importância deste dado é epidemiológica.

queixa principal


    É a razão principal que levou o paciente a procurar o serviço de saúde. Em geral é registrada textualmente, utilizando as expressões utilizadas pelo paciente. A duração da queixa é importante para dar idéia do tipo de doença (aguda, subaguda, crônica). O profissional deve ter cuidado e não aceitar por queixa as interpretações do paciente ou de outras pessoas, incluindo profissionais da saúde (p. ex. o paciente refere que o seu problema é "pressão alta" ou "menopausa" ou "hemorróidas", etc.)

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