sábado, 14 de dezembro de 2013


carolina v.r. d’aurea

19/08/2013
 às 8:47 \ Sem categoriasono

Hidroterapia


A água é uma excelente alternativa no tratamento de quadros pós-traumáticos, pós-cirúrgicos ou de dores. Quando o corpo entra em contato com a água, inúmeras alterações e principalmente adaptações acontecem. O processo de imersão ativa, inicialmente, o sistema nervoso central com o objetivo de regular a temperatura corporal. Algumas propriedades da água como a densidade, força de empuxo ou flutuação, pressão hidrostática e viscosidade ativam outros sistemas como o muscular e cardiovascular para que se adaptem ao meio e percebam as inúmeras possibilidades de atividades que podem ser realizadas naquele ambiente.
Os principais beneficiados são os pacientes que estão em fase de recuperação e não podem sofrer sobrecarga nas articulações e nos músculos e nem fazer descarga de peso, ou seja, apoiar o membro inferior no chão. No ambiente aquático esta descarga é permitida, principalmente, por causa da redução do peso que acontece quando o corpo está imerso. Por exemplo, se a água estiver até a altura do esterno (osso que interliga as costelas) ocorrerá a absorção de 90% do peso corporal. Para atletas é uma excelente alternativa de tratamento, pois o repouso total, em muitos casos, pode levar a um quadro de fraqueza muscular. Num adequado programa de reabilitação aquática, atletas e pacientes encontram motivação na água aquecida onde podem realizar exercícios de resistência muscular e cardiovascular, sem interferir no processo de recuperação.
Não só os atletas podem usufruir desta terapia; indivíduos com algum tipo de lesão, fratura, quadro degenerativo, problemas neurológicos, respiratórios e ortopédicos também. A água leva ao relaxamento proporcionado pela temperatura do ambiente, diminui as queixas de sono e o estado de ansiedade e melhora a consciência, controle corporal, assim como o equilíbrio e coordenação motora. Por isso, essa terapia estimula o sistema circulatório, melhora a amplitude dos movimentos articulares e auxilia no fortalecimento muscular.
Um estudo recente, realizado pelo Grupo de Pesquisa Sobre Hidroterapia em Doenças Crônicas, da Universidade Adventista de São Paulo, demonstrou que a prática de hidroterapia, duas vezes na semana, por um período de 2 meses, reduziu as queixas de sono e melhorou a qualidade de vida em termos de fadiga, disposição e intensidade da dor de pacientes com fibromialgia.
A hidroterapia como parte do processo de reabilitação, deve ser realizada em uma piscina adaptada e preparada para esta finalidade. É importante que a piscina tenha um fácil acesso, através de rampas e uma profundidade variada para atender toda demanda de tratamento. A temperatura da água também é fundamental e deve ser mantida entre 28º e 30º para proporcionar, corretamente, os benefícios acima citados.
Os exercícios devem ser orientados por um fisioterapeuta, que após uma detalhada avaliação, escolherá o melhor protocolo para um tratamento de sucesso.
Saiba mais: Silva KM, Tucano SJ, Kümpel C, Castro AA, Porto EF. Effect of hydrotherapy on quality of life, functional capacity and sleep quality in patients with fibromyalgia. Rev Bras Reumatol. 2012 Dec;52(6):851-7.
29/07/2013
 às 8:06 \ sono

Síndrome das Pernas Inquietas

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A Síndrome das Pernas Inquietas (SPI) é uma sensação de desconforto que ocorre nos membros inferiores, seguida de uma incontrolável vontade de mover os membros. As definições descritas pelos pacientes estão sempre relacionadas a uma sensação de inquietude. Muitos dizem que sentem “alfinetadas” ou sensação de “insetos caminhando nos membros” e principalmente sensação incontrolável de movimentar os membros.
É importante não confundir essas queixas com movimentos desencadeados por uma situação de stress ou tensão, como quando começamos a balançar os membros embaixo da mesa. Esses movimentos cessam, conscientemente, quando a situação se resolve. Já a SPI é um distúrbio do sono e o quadro tende a piorar durante a noite, principalmente quando o indivíduo se deita e relaxa. Geralmente esses sintomas desaparecem com a movimentação. Em algumas situações pode-se observar movimento dos membros quando o indivíduo está deitado ou sentado. Uma séria consequência da SPI é o prejuízo gerado no sono: 80% dos pacientes que possuem essa síndrome, apresentam PLM (Periodic Legg Moviments) – Movimento Periódico dos Membros e esses sintomas podem dificultar o início e a manutenção do sono. As consequências dessas interrupções no sono são a sonolência ao longo do dia, seguida da sensação permanente de cansaço e alterações no humor, concentração e memória.
Em geral não se sabe a origem ou causa desse quadro, mas sabe-se que existe um componente genético na maioria dos casos. A deficiência de dopamina e de ferro em algumas áreas cerebrais tentam justificar a ocorrência dessa síndrome. Em grávidas esse quadro pode-se acentuar nos últimos três meses de gestação, tendendo a cessar após o parto.
O diagnóstico é baseado na história clínica do paciente. Alguns exames podem auxiliar no fechamento do caso. O exame de sangue analisa os níveis de ferro e a polissonografia pode apontar a presença dos movimentos periódicos de pernas, assim como definir a gravidade do quadro.
O tratamento tem como objetivo diminuir ou cessar os sintomas e melhorar a qualidade de vida desses indivíduos. O tipo de tratamento irá variar com a intensidade do problema. Nos casos mais leves geralmente são prescritos os benzodiazepínicos e nos mais graves, pode-se administrar medicamentos que visam estimular os receptores de dopamina no cérebro.
E não se esqueça que para confirmar se você realmente tem essa síndrome e decidir o tratamento mais adequado, é necessário procurar um medico especialista na área de distúrbios do sono que irá auxiliá-lo na decisão do melhor procedimento.
08/07/2013
 às 10:03 \ sono

Relação das dores com o frio

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Muitas pessoas sentem dores no inverno, principalmente os idosos que possuem alguma doença degenerativa, como artrose. Eles dizem sentir “dor nos ossos”, mas o que dói são os músculos. Os cientistas não sabem explicar os motivos dessa dor, mas existem teorias que explicam de uma maneira fisiológica o que acontece com nosso corpo nessa estação do ano.
Quando praticamos atividade física nosso corpo esquenta, o metabolismo acelera e as glândulas excretam suor. Esse líquido tem a função de regular nossa temperatura, resfriando o corpo. O mesmo acontece quando administramos alguma medicação para febre, por exemplo.
Durante os dias frios, o metabolismo sofre alterações  e os músculos e vasos sanguíneos provocam contrações involuntárias para manter o corpo aquecido e facilitar o transporte de nutrientes e oxigênio que chega aos tecidos. Esse encurtamento muscular provoca diminuição da força, restrição leve da amplitude de movimento e espessamento do líquido sinovial, que é responsável por lubrificar e nutrir as articulações. Esse conjunto de fatores provocam as famosas dores do frio.
Não existe tratamento específico para esse tipo de dor, porém podemos preveni-la realizando diariamente exercícios físicos e nos agasalhando com roupas que esquentem principalmente as extremidades do corpo. Os alongamentos são muito eficazes nessa fase, pois além de ativarem o sistema circulatório, promovem o relaxamento das fibras musculares, diminuindo a tensão muscular gerada pelos deliciosos dias de inverno.
27/05/2013
 às 8:51 \ sono

Cervicalgia

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Quem nunca sentiu dores na nuca ou teve um torcicolo? Sabe aquela tensão sobre os ombros que aparece quase que constantemente no final do dia? Pois é, esses são sinais de que a região cervical está sobrecarregada.
Vícios posturais, como ler na cama, andar e sentar de maneira incorreta provocam dores na coluna e a cervical é uma das regiões mais atingidas, causando até dor de cabeça. Segundo estudos realizados em 2009 pela Sociedade Brasileira de Estudos da Dor, a cervicalgia afeta entre 30% a 50% da população todos os anos, sendo que 15% apresentam alguma dor em região cervical ao longo de suas vidas.
Com esses dados, podemos observar que é mais comum do que imaginamos. Atualmente, com o avanço da tecnologia, um dos principais fatores que colaboram para elevação desses números é a permanência de longos períodos na frente do computador. Esta ação provoca uma flexão excessiva do pescoço, visto que este é o grande responsável por equilibrar nossa cabeça e realizar os movimentos para dirigir a visão.
Como a cervical é a região mais móvel da nossa coluna, ela sofre contrações que aumentam a tensão em todas as estruturas, principalmente as musculares. As contrações podem ser irradiadas para os membros superiores.
Como cuidar ou prevenir essa dor tão incômoda? Alongar diariamente auxilia na redução da tensão gerada ao longo do dia. Tratamentos como Pilates ou RPG são excelentes recursos terapêuticos que têm como objetivo reeducar a postura, fortalecer a musculatura e melhorar a conscientização corporal para que as dores e as causas possam ser eliminadas do seu cotidiano.
13/05/2013
 às 10:20 \ sono

Do alto dos saltos

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O salto alto é considerado um item indispensável no universo feminino. As mulheres de todas as idades, em sua maioria, sentem-se mais bonitas e poderosas em cima de um belo sapato de salto alto. O problema é que essa peça tão desejada não é nada inofensiva. Para que se consiga manter a estabilidade do corpo sobre um salto são necessários inúmeros ajustes posturais, como a anteriorização do centro de gravidade e o aumento do stress na região lombar. Esses ajustes levam a sobrecarga em diversas articulações do corpo. Além disso, durante a marcha há uma redução do comprimento do passo e da velocidade, consequentes da diminuição de amplitude de movimento dos membros inferiores.
As consequências do uso contínuo do salto podem ser sérias. Além dos encurtamentos e desequilíbrios musculares, podem ocorrer alterações osteoarticulares como osteoartrose de quadril e joelhos, deformidades nos pés, como o hálux valgo (joanete), metatarsalgias (dor na região anterior dos pés), entorses de tornozelo, condromalácea patelar, tendinites e alterações lombares.
Um estudo realizado por um grupo de pesquisadores brasileiros, alerta para outro problema que o salto alto pode ocasionar: alterações vasculares. O grupo analisou o retorno venoso de mulheres em diferentes situações: pés descalços, salto médio de 3,5 cm, salto agulha com 7 cm e salto plataforma com 7 cm. Os resultados mostraram que a função de bomba muscular da panturrilha diminuiu conforme aumenta o tamanho do salto. Os pesquisadores concluem que o uso contínuo de salto alto tende a provocar hipertensão venosa nos membros inferiores e pode transformar-se em causa de doença venosa.
Para prevenir essas alterações o ideal é não utilizar saltos com mais de 3 cm no dia-a-dia e dar preferência para os mais largos que geram menos desequilíbrios. Se quiser, deixe para abusar dos maiores e dos estilo agulhas nos finais de semanas. Se você necessita usar constantemente salto, procure realizar alguma atividade física que fortaleça os grupos musculares. Alongar, diariamente, a musculatura dos membros inferiores e da coluna também ajuda a você manter-se no salto, mas sem “perder a pose” para alguma dor.
Mais informações: Tedeschi Filho, W et al. Influence of high-heeled shoes on venous function in young women. J Vasc Surg. 2012 Oct;56(4):1039-44

15/04/2013
 às 7:19 \ sono

Mochila é uma a vilã dos problemas posturais da criança

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A mochila é um acessório utilizado no mundo todo, por todas as faixas etárias, para auxiliar no transporte de alguma coisa. As crianças, na fase escolar, as utilizam para guardar o material que será levado para a sala de aula: livros, cadernos, fichários, estojos e o que mais couber. Cada vez mais coloridas e cheias de estilo, elas são desfiladas pelas crianças geralmente penduradas em um só ombro.
E aí começa o problema. A criança está em fase de desenvolvimento, por isso é muito importante prestar atenção na forma como ela utiliza a mochila. O excesso de peso pode levar a uma postura errada e causar problemas ortopédicos graves que irão acompanhar essa criança até a fase adulta.
Para os pais fica o alerta. Ao comprar uma nova mochila, devem observar o peso, que na maioria das vezes, já vem descriminado na etiqueta. No mercado podem ser encontradas mochilas de 0,4 Kg a 1,5 Kg. Além disso deve-se ficar atento ao que será colocado dentro, de preferência, apenas o material que será usado naquele dia. A recomendação médica é para que ninguém, criança, adolescente ou adulto carregue peso superior a 10% de seu peso corporal. Um estudo bastante recente demonstrou que a maioria das crianças em idade escolar não seguem essa recomendação e transportam peso superior ao desejado.
O constante excesso de peso carregado, principalmente pelos escolares, pode causar vícios posturais, dores musculares, fadiga, sobrecarga estrutural (como hipercifose – aparência de corcunda ou escoliose – desvio lateral da coluna), deformidades ósseas e até problemas no crescimento. Para evitar essas alterações é importante seguir algumas recomendações:
- A borda superior da mochila deve estar no nível do ombro e a borda inferior deve estar na direção da região lombar;
- Livros e cadernos maiores devem ser colocados na parte central para ficar mais em contato com as costas do aluno;
- NUNCA utilizar a mochila apoiada em apenas um ombro. Distribuir o peso nas duas alças evita sobrecarregar apenas uma região da coluna e previne a instalação de um desequilíbrio muscular. De preferência, as duas alças devem ser largas e acolchoadas para reduzir o impacto da pressão nos ombros.
- Caso o aluno esteja inclinando o corpo para frente, pode ser um indicativo de que a mochila está muito pesada;
- O cinto abdominal, se utilizado, deve manter a mochila bem próxima ao corpo, evitando que o peso puxe o aluno para trás;
- Quanto menos detalhes a mochila tiver, melhor, pois será mais leve para transportar.
01/04/2013
 às 10:05 \ Sem categoria

Melatonina e suas diversas faces

A melatonina é um hormônio que exerce papel fundamental na regulação de um importante ciclo na vida dos seres humanos: o ciclo circadiano, também conhecido como ciclo claro-escuro. A melatonina é secretada pela glândula pineal que fica localiza no cérebro e  sua produção é estimulada pela ausência de luz. Quando a retina registra sinais luminosos envia as informações para o núcleo supraquiasmático que as repassa para a medula espinal até chegar na glândula pineal, esse processo encerra a produção do hormônio.
A melatonina é naturalmente produzida pelo nosso organismo, mas o envelhecimento diminui a produção. Esse e outros fatores como distúrbios do sono, trabalhos em turnos, deficiência visual e a presença de jet-lags podem interferir na produção de melatonina e afetar a qualidade e o padrão de sono.
Quando isto ocorre pode-se administrar melatonina exógena para facilitar e melhorar a qualidade do sono. Pessoas com deficiência visual ou  trabalhadores em turnos podem usar o hormônio com o objetivo de sincronizar ritmos biológicos. A melatonina também tem se mostrado eficaz na prevenção e no tratamento de jet-lags, diminuindo as consequências das alterações dos fuso-horários.
Com a exigência de uma sociedade 24/7, termo que define atividade 24 horas nos 7 dias na semana, há uma necessidade cada vez maior de pessoas que possam trabalhar em horários não tradicionais e enfrentar diversas viagens com fuso-horários diversos. Essas constantes alterações podem trazer sérias consequências à saúde e também à  segurança do trabalhador.
Recentes estudos têm revelado novas ações desse hormônio como um potente antioxidante, previne a carcinogênese, atua nas desordens neurodegenerativas e evita a progressão de doenças neurodegenerativas como o Alzheimer.
As vantagens da melatonina em relação a outros tratamentos farmacológicos é a aparente ausência de efeitos colaterais, mas vale um alerta importante: para saber a dose correta,  o melhor horário para a administração e principalmente se a melatonina é indicada para o seu problema, o ideal é procurar um médico especialista.

18/03/2013
 às 11:20 \ sono

Falta de sono prejudica rendimento no trabalho e pode causar acidentes

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Sabemos que dormir é fundamental e dormir bem é mais importante do que dormir muito. A quantidade de horas de sono é sim um fator importante, pois depende de uma variação bastante individual onde podemos ser curto ou longo dormidores ou indivíduos indiferentes. A qualidade do descanso noturno vai interferir nas atividades que serão realizadas no dia seguinte, por exemplo, no seu ambiente de trabalho.
Acordar com a sensação de que o corpo está descansado é um sinal positivo de que o seu sono foi restaurador. O humor também é um alerta importante. Se alguém der bom dia e você pensar:bom dia só se for para você, talvez aquelas horinhas de sono não tenham sido suficientes para reparar as energias que foram gastas ao longo do dia anterior.
A sociedade nos impõe uma restrição crônica onde diariamente somos privados de dormir a quantidade de horas ideal para o nosso organismo se sentir descansado.  Nos Estados Unidos há um termo bastante utilizado para comprovar esse acontecimento, mostrando que cada vez mais, estamos dormindo menos. É o chamado 24 por 7, ou seja, 24 horas funcionado, sem parar, nos 7 dias da semana. E nós somos os grandes culpados dessa privação, pois cada vez mais encaixamos tarefas no nosso dia-a-dia. Que horas eu vou ao supermercado depois de trabalhar 12, 14, 20 horas por dia? De madrugada, afinal funciona 24h. E quem paga por isso? O nosso sono.
O resultado dessa constante privação pode ser vista na produtividade, no desempenho e no déficit na capacidade de aprendizado. Alterações no padrão de sono podem afetar qualquer profissão, mas vale lembrar que no caso de algumas que trabalham com a saúde e a segurança, o cansaço provocado pela falta de sono pode provocar consequências bastante sérias.
Em 2009, um avião caiu em área residencial nos Estados Unidos, matando 50 pessoas. A investigação apontou que a provável causa do desastre foi a fadiga dos pilotos, pois os registros mostraram que eles haviam trabalhado por muitas horas, sem interrupções.
Casos mais antigos e bastante conhecidos como Chernobyl, explosão do reator nuclear que ocorreu em 26 de abril de 1986, ocasionou 2.500 mortes. O desastre foi provocado por erros humanos que ocorreram na madrugada e é considerado um acidente relacionado à fadiga dos trabalhadores. O mais grave de todo esse contexto, segundo dois importantes pesquisadores dessa área, Shantha Rajaratnam e Josephine Arendt, é que a sonolência, em comparação com o uso de álcool e outras drogas, é considerada a maior causa identificável e EVITÁVEL de acidentes de trabalho.


04/03/2013
 às 16:35 \ sono

Sono e desempenho sexual

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Além de todas as consequências negativas que a alteração na quantidade e na qualidade de sono pode causa, o desempenho sexual também pode ser afetado. A pesquisadora Monica Andersen, do Departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), tem um estudo muito interessante que relaciona esses dois aspectos – sono e sexo. Um projeto realizado com animais apontou que ratos privados de sono, da fase REM (período dos sonhos) pontualmente, apresentaram uma excitação sexual maior. Porém, apesar do desejo aumentado, foram incapazes de realizar o ato sexual com as fêmeas, não conseguindo ter a função erétil adequada.
Em 2007 foi realizado um importante levantamento epidemiológico, denominado de Episono, com 1.042 voluntários, da cidade de São Paulo. Nesse estudo, 17% dos homens se queixaram de disfunção erétil. Nos jovens entre 20 e 29 anos, apenas 7% citaram essa alteração. Na faixa etária acima dos 60 anos, quando os homens também costumam apresentar distúrbios do sono, esse número aumentou para 63%. Quem passa menos tempo na fase REM do sono apresenta chance maior de apresentar esse problema. Os homens que despertam muitas vezes ao longo da noite são os que mais se queixam desse problema. Essas duas alterações ocorrem frequentemente em pessoas que sofrem de apnéia obstrutiva do sono. No caso do Episono, 32,9 dos voluntários apresentaram diagnóstico positivo para esse distúrbio do sono.
Em resumo, os homens que têm uma boa noite de sono, sem queixas, têm pequenas chances de desenvolver problemas relacionados ao desempenho sexual, porém aqueles que não possuem um bom padrão de sono, têm o risco triplicado. Mas calma que para aqueles que não dormem bem, ainda tem uma boa notícia: atividade física tem se mostrado um importante aliado contra a disfunção erétil. Resumindo, para se garantir um bom desempenho sexual é imprescindível dormir bem e praticar atividade física regularmente.
Fonte: Andersen ML, Santos-Silva R, Bittencourt LR, Tufik S. Prevalence of erectile dysfunction complaints associated with sleep disturbances in Sao Paulo, Brazil: a population-based survey. Sleep Med. 2010 Dec;11(10):1019-24.
18/02/2013
 às 11:04 \ sono

Como manter uma postura correta na hora de dormir

É complicado falar em postura ideal na hora de dormir, afinal neste momento não estamos conscientes das nossas ações. Mas essa postura pode fazer uma grande diferença em relação ao bem-estar no resto do dia.
A posição mais indicada para dormir é a lateral, com as pernas dobradas à aproximadamente 90º e a colocação de uma almofada fina entre os joelhos. Isso serve para igualar a distância da largura entre os joelhos com a dos quadris e evitar rotação na região lombar. É preciso atenção também em relação à altura do travesseiro, que deve preencher exatamente o espaço entre a cama e a orelha, permitindo que a coluna fique alinhada com a cabeça. O colchão deve ter a densidade correspondente ao peso da pessoa. Se julgar necessário, também poderá ser utilizado um travesseiro à frente do corpo onde o braço poderá ser descansado. Esta última dica é bastante importante para quem sente desconfortos no pescoço e na região cervical.
Dormir em decúbito dorsal (barriga para cima) pode ser uma segunda opção, porém nesta posição é aconselhável utilizar um travesseiro baixo e colocar um rolinho (almofada, edredon) embaixo dos joelhos para gerar uma leve flexão dos mesmos e permitir que a região lombar fique bem apoiada e descansada.
A postura que deve ser evitada é o decúbito ventral (barriga para baixo), pois coloca a região cervical numa amplitude de movimento muito grande (sempre rodada ao máximo para um dos lados) e gera uma intensa sobrecarga na região lombar por forçar a lordose,  curvatura fisiológica dessa região.
Alguns exercícios de alongamentos ajudam a relaxar a musculatura e preparar o corpo para a sobrecarga do dia-a-dia. Lembrando que não há horário melhor para realizá-los, mas que a regularidade pode fazer a diferença. Lembre-se, criar bons hábitos não é fácil, requer muita disciplina e boa vontade. O resultado, no entanto, é sempre positivo.

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