Órgãos do aparelho respiratório
Através do sistema respiratório o organismo humano realiza as trocas gasosas, eliminando o gás carbônico e absorvendo o oxigênio. Esse processo envolve diversas estruturas, sendo: o nariz (as narinas), a faringe, a laringe, a traqueia, os brônquios e os alvéolos pulmonares.
Cada uma dessas estruturas possui especializações relacionadas à função que desempenham, por exemplo: no interior das narinas é secretado um muco polissacarídeo que, associado à presença de pelos, auxiliam na defesa do organismo, impedindo a entrada de impurezas (filtrando o ar), retendo partículas indesejáveis e micro-organismos patogênicos.
Após inspirado, entrando pelas narinas (cavidade nasal), o ar passa para a faringe, uma região que comunica o sistema digestório ao respiratório através de uma válvula denominada epiglote. A cavidade nasal possuem células epiteliais que a revestem e protegem. Essas células produzem muco que umedece as vias respiratórias e retém partículas sólidas e bactérias presentes no ar que inspiramos como se fosse um filtro. Portanto, é nas cavidades nasais que o ar que inspiramos é filtrado, umedecido e aquecido.
Durante o processo respiratório, a epiglote permite a passagem de ar de forma a não fechar a abertura de acesso à laringe em relação à glote. Em seguida, o ar inspirado atinge então a região da laringe (estrutura formada por cartilagem), local onde se encontra as cordas vocais que proporcionam a voz, a partir da emissão de uma corrente de ar que vibra as pregas vocais produzindo o som.
Imediatamente o ar percorre a traqueia, que se divide (bifurca) em dois ramos chamados brônquios, um em direção ao pulmão direito (que contém três lóbulos) e o outro para o pulmão esquerdo (com dois lóbulos). Dos brônquios partem numerosos canalículos (os bronquíolos), e em suas terminações encontram-se os alvéolos.
Nos alvéolos ocorrem as hematoses, processo em que os gases se difundem de acordo com o gradiente de concentração (do meio de maior concentração para o de menor concentração), ou seja: o maior teor de gás carbônico presente no sangue venoso se difunde dos capilares pulmonares para o interior dos alvéolos; e o maior teor de oxigênio no interior dos alvéolos se difunde para os capilares pulmonares, onde o O2 é assimilado pelos íons ferro presentes na molécula de hemoglobina contida nas hemácias.
A concentração do gás carbônico é maior dentro das células, e o gás passa dos tecidos para o sangue. A maior parte do gás carbônico reage com água no interior das hemácias formando o ácido carbônico (H2CO3) que se dissocia em íons H+ e íons bicabornato. Os íons H+ se ligam a moléculas de hemoglobina, enquanto que os íons bicabornato (HCO3-) vão para o plasma sanguíneo. Cerca de 23% do gás carbônico liberado pelos tecidos associam à hemoglobina e formam a carboemoglobina.
Os íons bicabornato, ao passar pelos alvéolos entram nas hemácias e se reassociam aos íons H+. Dessa forma tem-se novamente ácido carbônico que se transforma em água e gás carbônico que será difundido para os alvéolos, sendo então eliminado na expiração.
A concentração do gás carbônico é maior dentro das células, e o gás passa dos tecidos para o sangue. A maior parte do gás carbônico reage com água no interior das hemácias formando o ácido carbônico (H2CO3) que se dissocia em íons H+ e íons bicabornato. Os íons H+ se ligam a moléculas de hemoglobina, enquanto que os íons bicabornato (HCO3-) vão para o plasma sanguíneo. Cerca de 23% do gás carbônico liberado pelos tecidos associam à hemoglobina e formam a carboemoglobina.
Os íons bicabornato, ao passar pelos alvéolos entram nas hemácias e se reassociam aos íons H+. Dessa forma tem-se novamente ácido carbônico que se transforma em água e gás carbônico que será difundido para os alvéolos, sendo então eliminado na expiração.
O gás carbônico é eliminado por meio da expiração, efetuando o percurso inverso ao da inspiração: alvéolos, bronquíolos, brônquios, traqueia, laringe, faringe, cavidade nasal, narinas e meio externo.
Todo esse processo ocorre em consequência ao movimento periódico da musculatura do diafragma e também de músculos que, interligados às costelas (músculos intercostais), harmonizam uma alteração do volume torácico:
- Na situação de contração do diafragma (deslocando-se para baixo) e relaxamento dos músculos intercostais (expansão das costelas), a cavidade torácica tem seu volume aumentado, proporcionando uma baixa pressão no interior do pulmão, o que resulta na entrada de ar (rico em oxigênio);
- Na situação de relaxamento do diafragma (deslocamento para cima) e contração dos músculos intercostais (retração das costelas), a cavidade torácica tem seu volume diminuído, proporcionando uma alta pressão no interior do pulmão, resultando na saída de ar (rico em gás carbônico).
Graduado em Biologia
istema Respiratório
A respiração é uma das características essenciais dos seres vivos. Resume-se na absorção pelo organismo de oxigênio (O2), e a eliminação do gás carbônico (CO2) resultante das oxidações celulares. No corpo humano esse processo é realizado pelo sistema respiratório.
Em nosso organismo, o alimento é absorvido no intestino e conduzido pelo sangue até as células, onde é quebrado no processo de respiração celular aeróbia que consome oxigênio, forma água e gás carbônico, com liberação de energia, para que ocorra esse processo é preciso uma fonte de energia sendo a principal fonte a glicose, proveniente da digestão de carboidratos. Durante a produção de energia, também ocorre a produção de calor (homeotermos).
O oxigênio, indispensável à produção de energia no corpo, é obtido do ar atmosférico, onde também é eliminado o gás carbônico. As trocas gasosas acontecem no organismo humano em diversos níveis:
O sistema respiratório humano é constituído por um par de pulmões e por vários órgãos que conduzem o ar para dentro e para fora das cavidades pulmonares. Esses órgãos são:
Por: Graziele Kaminski Guidi
FARINGE
Em nosso organismo, o alimento é absorvido no intestino e conduzido pelo sangue até as células, onde é quebrado no processo de respiração celular aeróbia que consome oxigênio, forma água e gás carbônico, com liberação de energia, para que ocorra esse processo é preciso uma fonte de energia sendo a principal fonte a glicose, proveniente da digestão de carboidratos. Durante a produção de energia, também ocorre a produção de calor (homeotermos).
- Entre o sangue e os tecidos do corpo: passando pelos tecidos, o sangue se torna pobre em oxigênio, que entra nas células e rico em gás carbónico, resíduo de respiração aeróbia realizada por elas;
- Entre os pulmões e o sangue: transporte dos gases, que se inicia com a difusão do oxigênio do ar dos pulmões para o interior de vasos sanguíneos, sendo a difusão do gás carbônico na direção inversa.
O sistema respiratório humano é constituído por um par de pulmões e por vários órgãos que conduzem o ar para dentro e para fora das cavidades pulmonares. Esses órgãos são:
- Fossas nasais
- Boca
- Faringe
- Laringe
- Traqueia
- Brônquios
- Bronquíolos
- Alvéolos (os três últimos localizados dentro do pulmão)
- Pulmão
Por: Graziele Kaminski Guidi
FARINGE
Por Graziele Kaminski Guidi |
A faringe é um órgão tubular que inicia-se nas coanas com prolongação para baixo no pescoço com a forma de um funil, seu tamanho varia de 12 à 15 cm de comprimento e de cerca de 35 mm em seu início e cerca de 15 mm no seu término. Possui comunicação com o esôfago, fossas nasais e os ouvidos. A faringe situa-se atrás das fossas nasais e a frente àsvértebras cervicais, se mantém ligada a laringe e o esôfago. Contudo é possível distinguir estas ligações em diferentes segmentos:
Os ouvidos também se comunicam com a faringe, isso ocorre através do ósteo farínico da tuba auditiva, ele é ligado na parte nasal da faringe com a cavidade média timpânica do ouvido.
- A laringofaringe ou faringe inferior, é denominada a continuação da orofaringe ou faringe média, pela frente possui ligação com a laringe o por baixo com o esôfago;
- A orofaringe ou faringe média, está ligada pela parte anterior com a cavidade bucal e comunica-se com a faringe superior;
- A nasofaringe, rinofaringe ou faringe superior, é ligada pelas cavidades nasais, fazendo uma ligação com a orofaringe, é a parte mais espessa da faringe, compreende-se da base do crânio até o palato mole (céu da boca).
Os ouvidos também se comunicam com a faringe, isso ocorre através do ósteo farínico da tuba auditiva, ele é ligado na parte nasal da faringe com a cavidade média timpânica do ouvido.
Funções da Faringe
A função da faringe é a circulação de alimentos e ar. Ao respirarmos o ar entra nas fossas nasais ou pelo orifício da boca passando pela faringe, encaminhando-se para traqueia e pelos brônquios até chegar aos pulmões. No caso dos alimentos, eles sempre entram pelo orifício da boca, seguindo até a faringe média, indo ao esôfago e seguem para oestômago. É graças a presença da epiglote que ocorre essa dupla função na faringe. Ela situa-se na parte superior da laringe e serve para controlar a entrada de ar para a laringe e os alimentos para o esôfago, pois, durante a deglutição ela fecha-se, não permitindo a entrada do alimento na laringe.Laringe
Por Débora Carvalho Meldau |
A laringe é um tudo de formato irregular, sustentado por peças cartilaginosas irregulares articuladas que une a faringeà traquéia. A cartilagem é a responsável pela manutenção da abertura da luz da laringe, garantindo sempre a livrepassagem do ar. Este órgão consiste em uma série de cartilagens, sendo que as maiores, a tireóide, cricóide e a maior parte das aritenóides, são do tipo hialino, enquanto que as demais, são do tipo elástico.
A entrada da laringe é denominada glote, logo acima dele, existe uma estrutura semelhante a uma língua, conhecida como epiglote, funcionando como uma válvula. A epiglote é um prolongamento que se estende da laringe em direção à faringe, apresentando duas faces: uma dorsal e uma ventral. Quando há o movimento de deglutição, a laringe sobe e há o fechamento da sua entrada pela epiglote, impedindo a penetração do alimento nas vias aéreas.
A mucosa deste órgão forma dois pares de pregas que fazem saliência na luz laringeana. O primeiro par superior forma as falsas cordas vocais, conhecidas também por pregas vestibulares. O segundo par inferior, formam as cordas vocais verdadeiras. Quando ocorre a passagem de ar pela laringe, esses músculos podem contrair-se, modificando a abertura das cordas vocais levando à produção de sons com diversas tonalidades.
Seu revestimento epitelial não é uniforme durante todo o órgão. Na face ventral e parte dorsal da epiglote, bem como nas cordas vocais verdadeiras, o epitélio pode sofrer atritos e desgastes, portanto neste local, o epitélio é do tipo estratificado pavimentoso não queratinizado. Nas outras regiões é do tipo respiratório, possuindo cílios que batem em direção à faringe. Sua lâmina própria é rica em fibras elásticas e estão presentes também, pequenas glândulas mistas (serosas e mucosas) e sua submucosa não é bem definida.
TRAQUEIA
A entrada da laringe é denominada glote, logo acima dele, existe uma estrutura semelhante a uma língua, conhecida como epiglote, funcionando como uma válvula. A epiglote é um prolongamento que se estende da laringe em direção à faringe, apresentando duas faces: uma dorsal e uma ventral. Quando há o movimento de deglutição, a laringe sobe e há o fechamento da sua entrada pela epiglote, impedindo a penetração do alimento nas vias aéreas.
A mucosa
Seu revestimento epitelial não é uniforme durante todo o órgão. Na face ventral e parte dorsal da epiglote, bem como nas cordas vocais verdadeiras, o epitélio pode sofrer atritos e desgastes, portanto neste local, o epitélio é do tipo estratificado pavimentoso não queratinizado. Nas outras regiões é do tipo respiratório, possuindo cílios que batem em direção à faringe. Sua lâmina própria é rica em fibras elásticas e estão presentes também, pequenas glândulas mistas (serosas e mucosas) e sua submucosa não é bem definida.
TRAQUEIA
Por Graziele Kaminski Guidi |
A traqueia é um tubo vertical cilíndrico, cartilaginoso e membranoso, localizado entre a laringe e dois tubos curtos, osbrônquios, fortalecido por anéis de cartilagem, que levam o ar inspirado até os pulmões. Seu tamanho em um indivíduo adulto é entre 15cm à 20cm de comprimento e 1,5 à 2,5 de diametro. Inicia-se na borda inferior da cartilagem cricóide (é um anel completo de cartilagem que fica ao redor da traqueia) até aproximadamente a 5ª vértebra torácica . A função da traqueia no sistema respiratório é a condução do ar até os brônquios.
A estrutura da traquéia é constituída por 16 a 20 anéis cartilaginosos incompletos para trás, denominados cartilagens traqueais. A porção posterior da traqueia, devido a ausência dos anéis, apresenta grande capacidade móvel e elástica, importante para acompanhar os movimentos dos pulmões. Essa parte recebe o nome de parede traqueal, e é constituída pelo tecido muscular liso.
O seu revestimento interno é constituido por um epitélio do tipo pseudoestratificado cilíndrico ciliado e rica em células produtoras de muco. Os cílios e muco umedecem e aquecem o ar que respiramos. Quando inalamos poeira, bactérias e partículas aderem-se ao muco e são conduzidas para a garganta através dos batimentos dos cílios (em forma de varredura) e eliminados pela tosse.
Doenças na Traqueia
A traqueia é bastante suscetível a infecções respiratórias. A limpeza das vias aéreas depende do bom funcionamento dos cílios e do muco produzido pelo epitélio mucociliar. Essa defesa pode ser afetada pelo ambiente, doenças infecciosas e hereditárias ou se ainda o indivíduo tenha o habito de ingerir bebida alcólica com frequência, drogas ou de fumar, podendo levar à retenção frequente de secreção (pigarro), o que provoca tosse e infecção repetitiva.
As substâncias tóxicas contidas no cigarro destroem os macrófagos (são células que fagocitam elementos estranhos ao corpo) e as células ciliadas da traquéia, sendo substituídas por outros tipos de células. Contudo, os pulmões dos fumantes ficam mais vulneráveis a infecções, com isso a produção de muco é elevada para tentar proteger o organismo. Esse excesso de muco causa tosse e dificuldade de respirar. O cigarro não é prejudicial apenas aos fumantes, como também para todos que convivem com eles, as mães fumantes prejudicam muito a saúde dos filhos, pesquisas comprovam que a incidência de pneumonias é três vezes maior em filhos cujas mães são fumantes do que nos filhos das mães não fumantes. (veja: males do cigarro)
Outra doença comum é a dos cílios imóveis (ou Doença de Kartagener). Ela é genética e causa mudanças na síntese das protéinas que fazem parte da estrutura dos cílios e flagelos de algumas células humanas (espermatozóides, por exemplo). Com os cílios imóveis, o aparecimento de sinusites, pneumonia e outras doenças é facilitado.
Fontes:
http://www.afh.bio.br/resp/resp3.asp
AMABIS, José Mariano; MARTHO, Gilberto Rodrigues. Fundamentos da biologia moderna. 2 ed. São Paulo: Moderna, 1999.
LAURENCE, J. Biologia:ensino médio. Vol. Único – 1 ed. São Paulo: Nova geração, 2005.
BRONQUIOS
A estrutura da traquéia é constituída por 16 a 20 anéis cartilaginosos incompletos para trás, denominados cartilagens traqueais. A porção posterior da traqueia, devido a ausência dos anéis, apresenta grande capacidade móvel e elástica, importante para acompanhar os movimentos dos pulmões. Essa parte recebe o nome de parede traqueal, e é constituída pelo tecido muscular liso.
O seu revestimento interno é constituido por um epitélio do tipo pseudoestratificado cilíndrico ciliado e rica em células produtoras de muco. Os cílios e muco umedecem e aquecem o ar que respiramos. Quando inalamos poeira, bactérias e partículas aderem-se ao muco e são conduzidas para a garganta através dos batimentos dos cílios (em forma de varredura) e eliminados pela tosse.
Doenças na Traqueia
A traqueia é bastante suscetível a infecções respiratórias. A limpeza das vias aéreas depende do bom funcionamento dos cílios e do muco produzido pelo epitélio mucociliar. Essa defesa pode ser afetada pelo ambiente, doenças infecciosas e hereditárias ou se ainda o indivíduo tenha o habito de ingerir bebida alcólica com frequência, drogas ou de fumar, podendo levar à retenção frequente de secreção (pigarro), o que provoca tosse e infecção repetitiva.
As substâncias tóxicas contidas no cigarro destroem os macrófagos (são células que fagocitam elementos estranhos ao corpo) e as células ciliadas da traquéia, sendo substituídas por outros tipos de células. Contudo, os pulmões dos fumantes ficam mais vulneráveis a infecções, com isso a produção de muco é elevada para tentar proteger o organismo. Esse excesso de muco causa tosse e dificuldade de respirar. O cigarro não é prejudicial apenas aos fumantes, como também para todos que convivem com eles, as mães fumantes prejudicam muito a saúde dos filhos, pesquisas comprovam que a incidência de pneumonias é três vezes maior em filhos cujas mães são fumantes do que nos filhos das mães não fumantes. (veja: males do cigarro)
Outra doença comum é a dos cílios imóveis (ou Doença de Kartagener). Ela é genética e causa mudanças na síntese das protéinas que fazem parte da estrutura dos cílios e flagelos de algumas células humanas (espermatozóides, por exemplo). Com os cílios imóveis, o aparecimento de sinusites, pneumonia e outras doenças é facilitado.
Fontes:
http://www.afh.bio.br/resp/resp3.asp
AMABIS, José Mariano; MARTHO, Gilberto Rodrigues. Fundamentos da biologia moderna. 2 ed. São Paulo: Moderna, 1999.
LAURENCE, J. Biologia:
Por Débora Carvalho Meldau |
Nos mamíferos, os brônquios compreendem estruturas tubulares encarregadas de encaminhar ar aos pulmões.
A traquéia ramifica-se em dois brônquios: o direito e o esquerdo. Estes, por sua vez, apresentam estrutura altamente semelhante à da traquéia e recebem o nome de brônquios primários ou brônquios de primeira ordem. Estes últimos, apesar de apresentarem características anatômicas iguais às da traquéia, possuem diâmetro menor do que a mesma. Cada brônquio possui o seu próprio tronco nervoso, vascular e linfático, que, ao mesmo tempo, se ramifica com cada divisão das vias aéreas.
No geral, à medida que as vias aéreas condutoras se subdividem, apresentando-se gradativamente mais estreitas, o epitélio respiratório se torna mais curto, com menos células caliciformes (células secretoras de muco), e a quantidade de glândulas, tecido conjuntivo e cartilagem também diminui. Somente os tecidos muscular liso e elástico aumentam.
Cada brônquio primário divide-se uma ou mais vezes para dar origem aos brônquios intrapulmonares, que podem ser considerados secundários ou terciários. Este brônquio intrapulmonar também recebe o nome de brônquio lobar, uma vez que ele vai para um lobo pulmonar individual, penetrando o pulmão através de seu hilo. Os brônquios lobares que se seguem, ramificam-se em dois ramos, que, por sua vez, se dividem em mais dois outros. Este padrão de divisão, no qual uma estrutura se divide em duas recebe o nome de ramificação dicotômica, que é o principal padrão de ramificação do pulmão.
Os brônquios que derivam dos brônquios lobares originam as vias aéreas para porções do pulmão denominadas segmentos broncopulmonares ou brônquios segmentares. Cada um dos ramos subsequentes ou gerações de brônquios apresenta vias aéreas cada vez menores, mas com uma área de superfície maior do que a geração precedente.
Com a geração de brônquios intrapulmonares menores, a cartilagem hialina, além de se tornar menor, torna-se também irregular em sua localização e organização. Deste modo, ocorre a perda da configuração cartilaginosa de anel em C, resultando em vias aéreas isentas de uma região plana, com conseqüente arredondamento das mesmas. Glândulas mistas simples ainda são observadas na região, mas de menor tamanho e densidade. Neste ponto, o tecido conjuntivo da adventícia é mais frouxo e apresenta quantidade variável de fibras elásticas da adventícia de outras localidades da árvore bronquial. Além disso, o tecido nervoso também pode ser observado na forma de um plexo nervoso no interior da submucosa e da adventícia e como terminações nervosas dentro do epitélio respiratório.
Leia também:
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Brônquio
http://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/bronquios.htm
Tratado de Histologia Veterinária – Samuelson, Don A., 2007
A traquéia ramifica-se em dois brônquios: o direito e o esquerdo. Estes, por sua vez, apresentam estrutura altamente semelhante à da traquéia e recebem o nome de brônquios primários ou brônquios de primeira ordem. Estes últimos, apesar de apresentarem características anatômicas iguais às da traquéia, possuem diâmetro menor do que a mesma. Cada brônquio possui o seu próprio tronco nervoso, vascular e linfático, que, ao mesmo tempo, se ramifica com cada divisão das vias aéreas.
No geral, à medida que as vias aéreas condutoras se subdividem, apresentando-se gradativamente mais estreitas, o epitélio respiratório se torna mais curto, com menos células caliciformes (células secretoras de muco), e a quantidade de glândulas, tecido conjuntivo e cartilagem também diminui. Somente os tecidos muscular liso e elástico aumentam.
Cada brônquio primário divide-se uma ou mais vezes para dar origem aos brônquios intrapulmonares, que podem ser considerados secundários ou terciários. Este brônquio intrapulmonar também recebe o nome de brônquio lobar, uma vez que ele vai para um lobo pulmonar individual, penetrando o pulmão através de seu hilo. Os brônquios lobares que se seguem, ramificam-se em dois ramos, que, por sua vez, se dividem em mais dois outros. Este padrão de divisão, no qual uma estrutura se divide em duas recebe o nome de ramificação dicotômica, que é o principal padrão de ramificação do pulmão.
Os brônquios que derivam dos brônquios lobares originam as vias aéreas para porções do pulmão denominadas segmentos broncopulmonares ou brônquios segmentares. Cada um dos ramos subsequentes ou gerações de brônquios apresenta vias aéreas cada vez menores, mas com uma área de superfície maior do que a geração precedente.
Com a geração de brônquios intrapulmonares menores, a cartilagem hialina, além de se tornar menor, torna-se também irregular em sua localização e organização. Deste modo, ocorre a perda da configuração cartilaginosa de anel em C, resultando em vias aéreas isentas de uma região plana, com conseqüente arredondamento das mesmas. Glândulas mistas simples ainda são observadas na região, mas de menor tamanho e densidade. Neste ponto, o tecido conjuntivo da adventícia é mais frouxo e apresenta quantidade variável de fibras elásticas da adventícia de outras localidades da árvore bronquial. Além disso, o tecido nervoso também pode ser observado na forma de um plexo nervoso no interior da submucosa e da adventícia e como terminações nervosas dentro do epitélio respiratório.
Leia também:
Fontes:
Tratado de Histologia Veterinária – Samuelson, Don A., 2007
Por Débora Carvalho Meldau |
Os bronquíolos
são estruturas que compõem o aparelho respiratório dos seres humanos e animais superiores, e consistem em ramificações dos brônquios intrapulmonares que penetram nos alvéolos pulmonares.
A primeira geração dos bronquíolos, chamada de bronquíolos primários, origina a via aérea de um lóbulo pulmonar. Ao passo que a altura do epitélio respiratório vai diminuindo, as células apresentam-se mais cubóides, principalmente nos bronquíolos menores, porém ainda altamente ciliadas. As células caliciformes apresentam-se mais esparsas e as células basais não estão presentes, passando o epitélio então a ser do tipo cuboidal simples ou colunar. As células exócrinas bronquiolares, também chamadas de células de Clara, são encontradas com menor frequência no epitélio destas vias aéreas. Estas células, por sua vez, são capazes de secretar e absorver substâncias glicoprotéicas que revestem e protegem o epitélio bronquiolar, além de apresentarem a habilidade de degradar certas substâncias tóxicas que são inaladas. Além disso, estas células apresentam competência de células-tronco, dividindo-se e reconstruindo o epitélio bronquiolar conforme necessário.
A lâmina própria dos bronquíolos é um tecido conjuntivo frouxo livre de glândulas, seguido de músculo liso. A camada adventícia não apresenta cartilagem, mas possui uma extensa rede de fibras elásticas. Ao passo que o ar é inspirado e o pulmão distende-se, as fibras elásticas e a musculatura lisa são capazes de exercer uma força contrária distribuída de forma igual por todo o bronquíolo, mantendo, desta forma, a integridade desta estrutura.
Os bronquíolos ramificam-se em diversos bronquíolos terminais menores, compondo a última porção condutora dosistema respiratório. Nestes bronquíolos, o epitélio é do tipo cúbico simples e as células da Clara costumam ser numerosas.
Cada bronquíolo terminal passa por uma subdivisão final para originar os bronquíolos respiratórios. Estruturalmente, esses podem ser considerados a continuação de um bronquíolo terminal, que, certas vezes, é interrompido por saculações de parede delgada, conhecidas como alvéolos. Pelo fato de o bronquíolo apresentar alvéolos ao longo de seu eixo longitudinal, o epitélio, a lâmina própria e a submucosa alteram-se marcadamente nos locais onde os alvéolos são encontrados, transformando o epitélio cúbico simples em pavimentoso simples, com a submucosa e a musculatura lisa circundando cada saculação.
Fontes:
Tratado de Histologia Veterinária – Samuelson, Don A., 2007.
Histologia Básica – Luiz C. Junqueira e José Carneiro. Editora Guanabara Koogan S.A. (10° Ed), 2004.
A primeira geração dos bronquíolos, chamada de bronquíolos primários, origina a via aérea de um lóbulo pulmonar. Ao passo que a altura do epitélio respiratório vai diminuindo, as células apresentam-se mais cubóides, principalmente nos bronquíolos menores, porém ainda altamente ciliadas. As células caliciformes apresentam-se mais esparsas e as células basais não estão presentes, passando o epitélio então a ser do tipo cuboidal simples ou colunar. As células exócrinas bronquiolares, também chamadas de células de Clara, são encontradas com menor frequência no epitélio destas vias aéreas. Estas células, por sua vez, são capazes de secretar e absorver substâncias glicoprotéicas que revestem e protegem o epitélio bronquiolar, além de apresentarem a habilidade de degradar certas substâncias tóxicas que são inaladas. Além disso, estas células apresentam competência de células-tronco, dividindo-se e reconstruindo o epitélio bronquiolar conforme necessário.
A lâmina própria dos bronquíolos é um tecido conjuntivo frouxo livre de glândulas, seguido de músculo liso. A camada adventícia não apresenta cartilagem, mas possui uma extensa rede de fibras elásticas. Ao passo que o ar é inspirado e o pulmão distende-se, as fibras elásticas e a musculatura lisa são capazes de exercer uma força contrária distribuída de forma igual por todo o bronquíolo, mantendo, desta forma, a integridade desta estrutura.
Fontes:
Tratado de Histologia Veterinária – Samuelson, Don A., 2007.
Histologia Básica – Luiz C. Junqueira e José Carneiro. Editora Guanabara Koogan S.A. (10° Ed), 2004.
Por Débora Carvalho Meldau |
Os alvéolos pulmonares
são pequenas estruturas encontradas nos sacos alveolares, ductos alveolares e bronquíolos respiratórios, constituindo a última porção da árvore brônquica, sendo os responsáveis pela estrutura de aspecto esponjoso do parênquima pulmonar. São pequenas bolsas, morfologicamente semelhantes a um favo de mel, abertas de um dos lados, possuindo uma parede altamente vascularizada. Esta última é comum a dois alvéolos vizinhos, dando origem ao septo interalveolar que consiste em duas camadas de penumócitos (principalmente do tipo II), separadas pelo interstício de tecido conjuntivo com fibras reticulares e elásticas, substância fundamental e células do tecido conjuntivo, e capilares.
É neste compartimento que ocorre a hematose pulmonar. O ar ali presente, é separado do sangue capilar por quatro membranas; são elas: o citoplasma do pneumócito tipo I, a lâmina basal desta célula, a lâmina basal do capilar e o citoplasma da célula endotelial. O oxigênio do ar alveolar passa para o sangue capilar através deste conjunto de membranas; o gás carbônico irá se difundir em direção contrária. Estima-se que os pulmões contenham aproximadamente 300 milhões de alvéolos, aumentando de forma considerável a superfície de trocas gasosas.
A parede interalveolar é composta por três tipos principais de células:
Também denominada célula alveolar pavimentosa, com núcleo achatado, fazendo uma discreta saliência para o interior do alvéolo. O citoplasma desta célula é extenso, fazendo com que os núcleos fiquem muito separados um dos outros; há a presença de desmossomos, ligando as células vizinhas e também, zonas de oclusão, impedindo a passagem de fluídos intersticiais para o alvéolo. Sua principal função consiste na formação de uma barreira para possibilitar as trocas gasosas e ao mesmo tempo, impedir a passagem de líquido.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Alvéolo_pulmonar
http://www.infopedia.pt/$alveolos-pulmonares
Histologia Básica – Luiz C. Junqueira e José Carneiro. Editora Guanabara Koogan S.A. (10° Ed), 2004.
É neste compartimento que ocorre a hematose pulmonar. O ar ali presente, é separado do sangue capilar por quatro membranas; são elas: o citoplasma do pneumócito tipo I, a lâmina basal desta célula, a lâmina basal do capilar e o citoplasma da célula endotelial. O oxigênio do ar alveolar passa para o sangue capilar através deste conjunto de membranas; o gás carbônico irá se difundir em direção contrária. Estima-se que os pulmões contenham aproximadamente 300 milhões de alvéolos, aumentando de forma considerável a superfície de trocas gasosas.
A parede interalveolar é composta por três tipos principais de células:
Células endoteliais dos capilares
São as que estão em maior número e possuem o núcleo mais alongado.Pneumócitos tipo I
Pneumócitos tipo II
Também denominadas células septais, estão localizados entre os pneumócitos tipo I, formando desmossomos e junções que unem estas células. São células arredondadas que ficam sobre a membrana basal do epitélio alveolar. Possuem um núcleo maior e mais vesiculoso em relação às outras células; o citoplasma não se adelgaça, possuem reticulo plasmático rugoso desenvolvido e microvilos na sua superfície livre; possuem corpos multilamelares elétron-densos responsáveis pelo aspecto vesiculoso do citoplasma quando visto na microscopia óptica. Sintetizam substâncias liberadas pela porção apical dos pneumócitos tipo II. São os corpos lamelares que produzem a substância presente na superfície alveolar, formando uma camada extracelular nos alvéolos, chamada de surfactante pulmonar.Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Alvéolo_pulmonar
http://www.infopedia.pt/$alveolos-pulmonares
Histologia Básica – Luiz C. Junqueira e José Carneiro. Editora Guanabara Koogan S.A. (10° Ed), 2004.
Por Graziele Kaminski Guidi |
Os pulmões
são órgãos esponjosos e elásticos formados por milhões de alvéolos que se enchem de ar. Tem aproximadamente 25 cm de comprimento e 700 g de peso. O pulmão direito é maior em largura que o esquerdo, por apresentar três lóbulos (o esquerdo tem dois), mas é mais curto em altura, pois no lado direito o fígado está presente, fazendo com que o diafragma fique mais elevado. No pulmão esquerdo há uma incisura cardíaca (cavidade para o coração).
Os pulmões estão fixados ao pericárdio através de ligamentos pulmonares e à traqueia e coração por estruturas chamadas de hilo, compreende vasos pulmonares, vasos linfáticos, vasos brônquicos, brônquios principais e nervos que chegam e saem dos pulmões.
Os pulmões são cobertos por uma fina camada, a pleura que consiste em uma membrana transparente e fina. A pleura interna está ligada a superfície pulmonar, e a pleura externa está ligada a parede da caixa torácica (estrutura óssea que protege os pulmões e o coração). No espaço intermediário das pleuras há um reduzido espaço, ocupado por um líquido lubrificante secretado pela pleura, este líquido é o que mantém juntas as duas pleuras, devido a tensão superficial, fazendo com que elas deslizem (reduzindo o atrito) durante os movimentos respiratórios.
Ao respirarmos iniciamos um caminho complexo, o ar entra pelas narinas (ou pela boca), encaminha-se para traqueia seguindo por pequenos tubos, os brônquios. A partir dos brônquios o ar é levado para outras regiões pulmonares. Um movimento involuntário que é controlado pelo cérebro controla a entrada e saída de ar dos pulmões.
Doenças como o enfisema, pleurite, tuberculose, bronquite e asma brônquica podem ocorrer nos pulmões. Essas doenças podem danificar os alvéolos pulmonares, diminuindo a capacidade do pulmão de realizar a sua função.
Curiosidades
Os pulmões de indivíduos jovens apresentam coloração rosada, com o passar do tempo e conforme os hábitos do indivíduo (fumante ou não fumante) vai escurecendo, devido ao acumulo de impurezas que estão no ar e que o organismo não removeu através do sistema respiratório.
Fontes:
http://www.afh.bio.br/resp/resp1.asp
http://www.compuland.com.br/anatomia/respiratorio.htm
http://www.sogab.com.br/anatomia/sistemarespiratorio.htm
LAURENCE, J. Biologia:ensino médio. Vol. Único – 1 ed. São Paulo: Nova geração, 2005.
NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Os pulmões estão fixados ao pericárdio através de ligamentos pulmonares e à traqueia e coração por estruturas chamadas de hilo, compreende vasos pulmonares, vasos linfáticos, vasos brônquicos, brônquios principais e nervos que chegam e saem dos pulmões.
Os pulmões são cobertos por uma fina camada, a pleura que consiste em uma membrana transparente e fina. A pleura interna está ligada a superfície pulmonar, e a pleura externa está ligada a parede da caixa torácica (estrutura óssea que protege os pulmões e o coração). No espaço intermediário das pleuras há um reduzido espaço, ocupado por um líquido lubrificante secretado pela pleura, este líquido é o que mantém juntas as duas pleuras, devido a tensão superficial, fazendo com que elas deslizem (reduzindo o atrito) durante os movimentos respiratórios.
Função do Pulmão
A principal finalidade dos pulmões é fornecer ao nosso sangue oxigênio, que é transportado para as células do corpo. Os demais órgãos respiratórios têm a função de encaminhar o ar aos pulmões, é nos mesmos que ocorre conversão do sangue venoso (sangue pobre em oxigênio e rico em dióxido de carbono) em sangue arterial (sangue rico em oxigênio).Ao respirarmos iniciamos um caminho complexo, o ar entra pelas narinas (ou pela boca), encaminha-se para traqueia seguindo por pequenos tubos, os brônquios. A partir dos brônquios o ar é levado para outras regiões pulmonares. Um movimento involuntário que é controlado pelo cérebro controla a entrada e saída de ar dos pulmões.
Doenças nos Pulmões
Quando ocorre a inflamação dos pulmões de um indivíduo, mais especificamente dos alvéolos (local onde ocorrem às trocas gasosas) chamamos de pneumonia, devido à infecção causadas por bactérias, vírus, fungos e outros agentes infecciosos. Uma pneumonia pode causar a morte se não for tratada.Doenças como o enfisema, pleurite, tuberculose, bronquite e asma brônquica podem ocorrer nos pulmões. Essas doenças podem danificar os alvéolos pulmonares, diminuindo a capacidade do pulmão de realizar a sua função.
Curiosidades
Fontes:
http://www.afh.bio.br/resp/resp1.asp
http://www.compuland.com.br/anatomia/respiratorio.htm
http://www.sogab.com.br/anatomia/sistemarespiratorio.htm
LAURENCE, J. Biologia:
NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
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